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    Aécio reafirma legalidade de aeroporto e apresenta pareceres de ex-ministros

    ALEXANDRE ARAGÃO
    DE SÃO PAULO

    22/07/2014 21h12

    Em evento na sede de sua campanha em São Paulo, nesta terça-feira (22), o candidato à Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), voltou a negar que tenha havido irregularidade na construção do aeroporto do município de Cláudio (MG), no último ano de seu mandato como governador do Estado.

    Como revelado pela Folha no domingo (20), no fim do segundo mandato de Aécio foi construído um aeroporto em terreno de Múcio Guimarães Tolentino, tio-avô do candidato tucano e ex-prefeito da cidade, desapropriado pelo governo do Estado. O local fica a seis quilômetros de outra fazenda da família do presidenciável. O Estado gastou cerca de R$ 14 milhões na obra.

    A área foi desapropriada antes da execução da obra, mas o tio de Aécio contesta na Justiça o valor proposto pelo governo para a indenização, que ainda não foi paga. Com a desapropriação, o Estado obteve a posse do terreno, mas ele só poderá ser registrado em nome do governo após o pagamento.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Logo que chegou, Aécio falou aos repórteres sobre o caso, referindo-se a ele como "mentira" e "ataque à honra". "Qualquer homem público em qualquer posição que esteja tem que estar absolutamente pronto para dar todas as informações", disse.

    O candidato, no entanto, não respondeu a perguntas dos repórteres.

    A fim de ressaltar a legalidade da construção do aeroporto, a equipe de campanha do senador distribuiu pareceres de dois ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), Carlos Ayres Britto e Carlos Velloso. Ambos consideraram lícito o procedimento adotado.

    A equipe tucana também distribuiu um documento do Ministério Público de Minas Gerais em que o órgão arquiva um processo relativo à obra.

    "As explicações apresentadas pela Secretaria de Transporte e Obras Públicas [do Governo de Minas Gerais] mostraram-se satisfatórias, não se vislumbrando qualquer irregularidade que justifique a adoção de medidas outras pelo Ministério Público", diz o documento, de fevereiro deste ano.

    VAZAMENTO

    O coordenador da campanha de Aécio, senador Agripino Maia (DEM-RN), atribuiu a notícia a um vazamento de informação do governo federal.

    "Esse assunto está sendo suscitado quatro anos depois, em cima da campanha eleitoral, e por vazamento seguramente de órgãos do governo, que é quem detém as informações", afirmou.

    Questionado se referia-se à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o coordenador disse: "Não sei".

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