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    Procuradoria vai apurar suposta oferta de propina na eleição de PE

    FERNANDA ODILLA
    DE BRASÍLIA
    DO RECIFE

    23/07/2014 13h44

    O Ministério Público Eleitoral em Pernambuco vai apurar a oferta de propina para que o Pros apoiasse a campanha de Paulo Câmara, candidato a governador do Estado e escolhido do presidenciável Eduardo Campos.

    A Polícia Federal, contudo, só vai entrar na apuração se houver pedido formal dos procuradores eleitorais ou da Justiça Eleitoral.

    "No caso de crimes eleitorais, a PF não tem poder de solicitar inquérito de ofício. Essa é uma resolução do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]", explicou o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).

    A informação de que serão procuradores federais em Recife que vão apurar o caso é da Procuradoria-Geral da República. Nesta quarta-feira (23), no entanto, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não quis comentar quais providencias seriam tomadas.

    Candidato ao governo de Pernambuco, o senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) afirmou nesta quarta que também pedirá apuração ao Ministério Público Eleitoral. "Diante da gravidade das denúncias e como o fato se relaciona com o processo aqui de Pernambuco, estamos fazendo um pedido de investigação ao Ministério Público Eleitoral à luz dessas denúncias e dos fatos que são graves", afirmou Monteiro Neto.

    "Eu já sabia que havia algumas coisas relacionadas com este processo aqui, mas não conhecia a expressão dos fatos nem os detalhes", afirmou Monteiro Neto.

    O deputado federal José Augusto Maia (Pros-PE) disse em entrevista à Folha que recebeu e recusou oferta de "vantagem financeira" para que seu partido integrasse formalmente a coligação do candidato de Campos em Pernambuco. A outros deputados – dois deles foram ouvidos sob condição de anonimato pela Folha e contaram a mesma história – Maia afirmou que a oferta foi de R$ 6 milhões, sendo que R$ 2,5 milhões seriam reservados a ele.

    De acordo com o relato do deputado, a proposta de vantagem financeira foi feita a ele pelo presidente nacional do Pros, Eurípedes Jr., e pelo líder da bancada do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE). Ambos negam a oferta de dinheiro para que o partido do deputado se coligasse formalmente à chapa de Paulo Câmara em Pernambuco.

    Editoria de Arte/Folhapress
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