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    Candidato do PSDB desiste de disputar o governo de Alagoas

    PATRÍCIA BRITTO
    DIÓGENES CAMPANHA
    DE SÃO PAULO

    24/07/2014 17h48

    O candidato do PSDB ao governo de Alagoas, Eduardo Tavares, anunciou nesta quinta-feira (24) que desistiu de disputar o cargo. Justificou a decisão citando falta de estrutura e de apoio do partido à campanha.

    Ex-procurador de Justiça e ex-secretário estadual da Defesa Social do Estado, Tavares era o nome indicado pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) para a sucessão.

    "Sei que nosso Estado precisa de gestores decentes e honestos para continuar caminhando no rumo certo. Mas, diante das limitações impostas pela falta de estrutura para a campanha eleitoral e apoio partidário, foi preciso reconhecer a hora de recuar", afirmou Tavares, em nota.

    Apesar de reclamar da falta de proximidade com lideranças do PSDB no Estado, o tucano poupou o governador.

    No texto, ele se refere a Vilela como "grande amigo" e o agradece por ter "reconhecido a correção da minha decisão". "Ele foi muito correto comigo", disse.

    A nota foi divulgada na tarde desta quinta após reunião de Tavares com o governador, que se antecipou ao correligionário e já havia anunciado a desistência do aliado em sua conta no Facebook.

    "Lamento profundamente essa decisão. Continuo convencido de que a história pessoal, a postura pública e o compromisso dele com uma Alagoas melhor o capacitam para ser um excelente candidato e um grande governador. De certa forma, estarei junto com o PSDB na disputa eleitoral para assegurar o projeto de mantermos o nosso Estado no rumo do desenvolvimento", escreveu Vilela na rede social.

    O PSDB enfrentou dificuldades para criar uma candidatura competitiva para a sucessão de Vilela e acabou registrando uma coligação apenas com o PRB.

    Já os principais adversários da chapa tucana conseguiram garantir um arco maior de alianças: Renan Filho (PMDB) reuniu 11 partidos em sua coligação, e Benedito de Lira (PP), nove legendas.

    Eduardo Tavares também não havia decolado nas pesquisas de intenção de voto. Segundo pesquisa Ibope realizada entre os dias 22 e 25 de maio, o tucano aparece com 4% das intenções de voto, atrás de Renan Filho, com 35%, e Benedito de Lira, com 25%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

    'JUSTICEIROS' FORA DO PLEITO

    Com a decisão, Tavares engrossará a lista de integrantes do Judiciário e do Ministério Público que tentaram viabilizar candidaturas para as eleições deste ano, mas acabaram de fora do pleito.

    Em Mato Grosso, o ex-juiz federal Julier Sebastião (PMDB) foi pré-candidato a governador até a véspera das convenções. O partido, no entanto, abriu mão da candidatura para se aliar ao PT.

    No Tocantins, o procurador da República Mário Lúcio Avelar, que havia lançado pré-candidatura ao governo pelo PPS, foi preterido por uma aliança com o governador Sandoval Cardoso (SDD).

    Agora, apenas dois novatos na política oriundos do Judiciário e do Ministério Público vão disputar eleições majoritárias neste ano. A ex-corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) Eliana Calmon (PSB-BA) e o promotor Moisés Rivaldo (PEN-AP) disputarão o Senado por seus Estados.

    CONVITE

    Atual vice na chapa de Tavares, o deputado estadual Gilvan Barros (PSDB) afirma que foi convidado por Vilela para assumir a candidatura tucana ao governo, mas que ainda não se decidiu.

    O diretório estadual do PSDB se reunirá nesta sexta-feira (25) para discutir a nova composição da chapa.

    Segundo Barros, ele levará em conta se o partido terá estrutura para viabilizar sua campanha em todos os municípios do Estado.

    "O partido tem que proporcionar essa estrutura mínima. Eu não vou dizer que hoje não tem, vou dizer que precisaria de mais, naturalmente", disse à Folha.

    Ex-cunhada do senador Fernando Collor de Mello (PTB), a empresária Thereza Collor (PSDB) é cotada para substituir Eduardo Magalhães Junior como candidata ao Senado. Ela admite ter sido sondada "há algum tempo" pelo partido, mas disse ainda não ter decidido.

    Se aceitar, Thereza concorrerá com Collor, que tenta reeleição na chapa de Renan Filho.

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