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    Padilha diz que fechou agenda com Dilma para 9 de agosto

    MÁRCIO FALCÃO
    DE SÃO PAULO

    24/07/2014 20h48

    O candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (24) que a presidente Dilma Rousseff começará a atuar em sua campanha no dia 9 de agosto. Está prevista uma caminhada em Osasco, cidade da Grande São Paulo que é um dos maiores redutos petista.

    A confirmação acontece em meio a desencontros sobre a formação de uma aliança entre Dilma e PMDB, para formar um palanque duplo para a presidente em São Paulo. Dilma teria então dois candidatos a governador em favor de sua reeleição: o correligioário Padilha e o peemedebista Paulo Skaf, oponentes entre si.

    A agenda foi definida durante reunião da cúpula das duas campanhas petistas, na noite de quarta (23), no Palácio da Alvorada, em Brasília. Padilha chegou a cancelar uma caminhada de rua para tratar do cenário em São Paulo, maior colégio eleitoral do país e que tem demonstrado forte resistência a petista.

    Segundo pesquisa Datafolha finalizada na semana passada, Dilma tem 35% de rejeição no país. Está acima das taxas de seus concorrentes e dos 19% da própria petista no mesmo período de 2010, ano em que ela foi eleita presidente.

    Mas o número chega a parecer pequeno se comparado com o que ocorre em São Paulo hoje. No Estado que reúne 22,4% do eleitorado, 47% dizem que não votariam em Dilma de jeito nenhum. Na capital, 49% respondem assim.

    "Ela quer vir fazer atividade de rua, falar, conversar com o povo", disse Padilha.

    A presença de Dilma é cobrada, inclusive, pelos marqueteiros do candidato, para garantir imagens para exibir durante a propaganda eleitoral na televisão, que começa no dia 19 de agosto.

    O candidato minimizou uma possível agenda de Dilma com seu adversário Paulo Skaf (PMDB). "É natural que a presidente busque todos os partidos", afirmou o petista.

    Ele disse que não teme uma eventual aproximação da presidente com o PMDB porque as candidaturas são diferentes. O petista indicou pacto de boa convivência com o peemedebista, uma exigência de Skaf para abrir espaço para Dilma.

    "Não preciso atacar ninguém. É só colocar o microfone nas bocas das candidaturas que elas falam quem são e de que lado estão".

    Padilha afirmou que ouviu de Dilma que ele é o "mais preparado" para defender o governo em São Paulo.

    SANTA CASA

    Sob chuva, Padilha realizou uma caminhada pelo centro de Franco da Rocha. Com capa de chuva e ao lado de militantes, ele repetiu o ritual dos últimos dias, se apresentando a lojistas e pedindo votos.

    Ex-ministro da Saúde do governo Dilma, o petista cobrou explicações do governador Geraldo Alckmin (PSDB), seu adversário nas eleições de outubro, sobre a falta de repasses para a Santa Casa de São Paulo, que chegou a suspender o atendimento de emergência por quase 30 horas.

    "Se a Santa Casa fechou a porta porque não tem dinheiro é porque tem dinheiro do Ministério da Saúde que está no governo do Estado e não chegou até a Santa Casa", disse. "O governador tem que vir a público e explicar porque não repassou o dinheiro", completou.

    Os serviços do hospital filantrópico foram retomados após a gestão Alckmin decidir liberar R$ 3 milhões de forma emergencial, para pagamento de fornecedores, e solicitar uma auditoria. A movimentação provocou um bate-boca do governo tucano com o governo Dilma Rousseff.

    O Ministério da Saúde acusou o Estado de não repassar R$ 74,7 milhões da verba dada pela União ao hospital por meio do Estado. O governo local ainda não se manifestou sobre o repasse.

    Alckmin atacou o governo alegando que as dívidas, entre outros motivos, se deve ao fato de a tabela do SUS (Sistema Único de Saúde) não ter sido reajustada nos últimos dez anos e ao subfinanciamento da área da Saúde.

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