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    Para empresários, demanda por voos em Cláudio (MG) é pequena

    PAULO PEIXOTO
    ENVIADO ESPECIAL A CLÁUDIO (MG)

    25/07/2014 02h00

    Empresários de Cláudio (MG) reconhecem que a demanda por uso de aviões particulares na cidade é pequena, mas consideram que o aeroporto local pode induzir o desenvolvimento local.

    Esse também foi o argumento do governo de Minas Gerais para justificar o investimento de R$ 13,9 milhões no aeroporto do município.

    A Folha identificou apenas duas empresas em Cláudio que usam aviões particulares: a PH Transportes e Construções (2.000 empregados no país e matriz na cidade) e a fundição Fundimig (700 funcionários).

    A coligação de Aécio Neves citou o apoio à economia local e ao "grande polo de fundição e metalúrgica" de Cláudio como uma das justificativas para a construção.

    A maior parte das empresas de metalurgia e fundição da região –que somam quase 400– são de pequeno porte, com 20 a 60 empregados.

    São firmas que dispõem de pouco capital para fretar aeronaves, embora algumas vislumbrem essa possibilidade em casos de urgência.

    "Se tem boa infraestrutura, só vai melhorar a região. Por isso defendo esse aeroporto, mesmo com pouca demanda. Mas para minha empresa seria melhor um bom táxi aéreo em Divinópolis", disse Sander Nicomedes, da fundição Santa Clara.

    É no aeroporto de Divinópolis (a cerca de 50 km de Cláudio) que diretores da PH e da Fundimig embarcam e desembarcam, enquanto o de Cláudio não é homologado.

    Bráulio Campos, da Fundimig, disse que há necessidade de uso de aviões pela empresa e por clientes.

    O gestor comercial da PH, José Guilherme Castanheira, diz que para o pouso e decolagem em Divinópolis é necessário quase uma hora de viagem por carro, aproximadamente o tempo que se levaria para chegar ao destino. "É muito relevante para nós essa opção de aeroporto aqui [em Cláudio]", disse.

    Mas para a maioria das firmas locais o transporte viário ainda é o mais usado para tratar de um negócio, seja para ir de carro a São Paulo ou até o aeroporto de Confins, na Grande BH (a 180 km), para pegar um voo comercial.

    "Quando a gente precisa, a gente tem que ir a Belo Horizonte", disse Natália Almeida, diretora da metalúrgica Bras Sol (20 funcionários).

    Há empresas da região que exportam, mas o volume é pequeno. As firmas instaladas na cidade atendem em todo o país e vendem tanto no atacado como no varejo.

    Alexandre Rezende/Folhapress
    Aeroporto construído pelo então governador de Minas, Aécio Neves, em Cláudio (MG)
    Aeroporto construído pelo então governador de Minas, Aécio Neves, em Cláudio (MG)
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