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    Sem caixa para campanha ao governo paulista, Padilha pede ajuda a Dilma

    NATUZA NERY
    DE BRASÍLIA
    MÁRCIO FALCÃO
    DE SÃO PAULO

    27/07/2014 02h00

    A equipe do candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, está com problemas financeiros e precisou recorrer à campanha da correligionária Dilma Rousseff para tentar contornar as alegadas limitações de caixa.

    Segundo a Folha apurou, auxiliares do petista querem que a campanha de reeleição de Dilma ao Planalto banque ao menos os custos com comunicação -avaliados, nos bastidores, em R$ 50 milhões. Tradicionalmente, essa é a parte da campanha que gera mais custos. O teto de gastos informado à Justiça Eleitoral é de R$ 92 milhões.

    Com 4% de intenção de voto (segundo o Datafolha), Padilha tem encontrado dificuldades de arrecadação. Nos bastidores, assessores dele chegam a afirmar que a perda do PP para a campanha adversária de Paulo Skaf (PMDB) ocorreu justamente por motivo financeiro.

    Jorge Araujo - 28.mai.2014/Folhapress
    A presidente Dilma Rousseff e o candidato Alexandre Padilha (PT) em encontro em São Bernardo do Campo
    A presidente Dilma Rousseff e o candidato Alexandre Padilha (PT) em encontro em São Bernardo do Campo

    Segundo relatos, o PT se comprometeu a conseguir R$ 10 milhões que seriam doados legalmente ao PP em cinco vezes. Apesar de o acordo ter sido fechado, a legenda preferiu mudar para a campanha de Skaf, segundo colocado nas intenções de voto (Datafolha).

    Líder da sigla no Estado, o deputado Paulo Maluf negou que a mudança tenha sido motivada por dinheiro. Procurada, a direção do PT paulista não retornou os contatos para comentar sobre as negociações com o PP.

    Na órbita de Dilma, petistas sustentam que o auxílio financeiro da campanha nacional à candidatura local deve ocorrer em breve, mas não no montante almejado. A campanha de reeleição de Dilma tem previsão de gasto de R$ 298 milhões.

    A equipe financeira de Padilha começou a procurar, nos últimos dias, os tradicionais financiadores. Inicialmente, ouviu que os empresários estavam em férias após a Copa do Mundo. Foram então programadas conversas para os próximos dias. Serão procurados bancos, construtoras, médios e pequenos empresários.

    Entres os petistas de São Paulo, há receio de que parte das doações, especialmente do setor industrial, migrem para Skaf, presidente licenciado da Fiesp.

    A aposta para deslanchar, além do auxílio nacional, é com o empenho e prestígio do ex-presidente Lula, principal cabo eleitoral de Padilha.

    Preocupados também com as dificuldades políticas do candidato petista e seus efeitos sobre a campanha presidencial, articuladores de Dilma decidiram intervir.

    O ex-ministro da Saúde foi chamado a Brasília nesta semana com seus principais assessores. Encontrou-se com a presidente Dilma no Palácio da Alvorada.

    A reunião serviu para que fosse instituída uma espécie de "operação de resgate" dos percentuais eleitorais tanto de Dilma quanto de Padilha.

    Maior colégio eleitoral do país, o Estado de São Paulo apresenta altos patamares de rejeição contra a presidenciável e contra Padilha.

    Ficou acertado um comando duplo para unificar ações de rua das campanhas, além de uma tropa de ministros oriundos de São Paulo para reforçar agendas em prol dos dois candidatos.

    Os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Marta Suplicy (Cultura), Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) e até mesmo gente de fora do partido, como Afif Domingos (Micro e Pequena Empresa), do PSD, serão chamados a ajudar.

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