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    Dilma diz que caso Pasadena não representou desgaste

    DE BRASÍLIA

    28/07/2014 16h25

    A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (28) que a crise envolvendo a Petrobras não significou desgaste para ela. Pelo contrário, teria comprovado a adoção de "uma conduta muito decente" em todo o processo.

    A compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela estatal, em 2006, abriu uma crise política em seu governo quando a própria presidente revelou, neste ano, que o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o negócio com base em um parecer "tecnicamente falho". Dilma presidia o conselho à época da aprovação da aquisição.

    "Eu não acho que estou sendo desgastada por Pasadena. Pelo contrario, eu acho que Pasadena mostra que sempre tive uma conduta muito decente nos cargos públicos", afirmou Dilma, ressaltando que foi excluída pelo Tribunal de Contas da União do processo que cobra ressarcimento de US$ 792 milhões aos cofres públicos.

    As declarações da presidente foram dadas durante sabatina realizada nesta segunda pela Folha, pelo portal UOL (ambos do Grupo Folha), pelo SBT e pela rádio Jovem Pan.

    "Do ponto de vista da minha situação, eu queria lembrar que o Conselho de Administração é um colegiado. Estavam presentes no conselho naquele momento alguns empresários e pessoas de grande experiência na área de negócios", ressaltou Dilma, citando, entre outros, o empresário Jorge Gerdau.

    "O que aconteceu conosco? Nos não tivemos todos os dados. Tanto o TCU como o Ministério Publico percebem as condições e eu fui afastada desse processo. Não tem como me condenar por Pasadena", afirmou Dilma, lembrando que o relator no TCU, José Jorge, pertencia aos quadros da oposição antes de ingressar no tribunal.

    Além da investigação no TCU, a crise da Petrobras resultou na criação de duas CPIs no Congresso, que ainda não apresentaram resultados concretos.

    Dilma também foi questionada sobre a troca de ministros que foi forçada a fazer por pressão do PR, que ameaçava não apoiar a sua reeleição, o que lhe subtrairia 1 minuto no tempo de propaganda eleitoral na TV. Dilma afirmou não ter se sentido "nem um pouco" chantageada.

    "Eu me se sentiria chantageada se colocasse no Ministério dos Transportes uma pessoa que eu não acredito e não confio", disse Dilma, afirmando que confia no novo titular da pasta, Paulo Sérgio Passos que, embora seja filiado ao PR, é próximo à presidente.

    "Eu não tolero, não compactuo e não aceito corrupção em qualquer espécie".

    O PR exigiu, para a apoiar a candidatura de Dilma, que ela retirasse César Borges dos Transportes e colocasse Paulo Sérgio Passos. A queda de Borges, que também é do PR, se deu após o ministro se desentender com integrantes da cúpula de sua legenda.

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