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    Rio de Janeiro

    Controladoria do Rio vê indício de desvio em cadastro

    ITALO NOGUEIRA
    DO RIO

    29/07/2014 02h00

    A Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio, quando estava sob comando do deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ), pagou 14% a mais pelo cadastro de pessoas aptas a receber o Bolsa Família, segundo a Controladoria Geral do Município.

    O repasse em excesso refere-se ao convênio sobre o qual Bethlem discute com a ex-mulher, Vanessa Felippe, em gravações divulgadas pelas revistas "Veja" e "Época". O diálogo indica que ele recebia até R$ 70 mil por mês de propina com o serviço.

    O PPS na Câmara dos Deputados protocolou representação contra o deputado na Corregedoria da Casa. No Rio, a oposição pede uma CPI para investigar os contratos assinados entre a pasta então comandada por Bethlem e a ONG Casa Espírita Tesloo.

    A entidade foi a contratada para cadastrar famílias aptas a receber o Bolsa Família. A ONG recebeu R$ 6,1 milhões pelo serviço. Mas, segundo a Controladoria, R$ 858 mil foram pagos indevidamente.

    O convênio foi celebrado em setembro de 2011 e previa o cadastramento de 408.207 famílias que, segundo estimativa, estavam aptas a receber o benefício do governo federal. Pelo serviço, ela receberia R$ 9,7 milhões.

    A ONG só cadastrou 221.039 famílias, 54,2% da estimativa inicial. Apesar disso, recebeu R$ 6,1 milhões, 63,1% do valor total do contrato.

    A Prefeitura do Rio diz que está verificando as contas. Ao município, a entidade disse que ainda tem um crédito a receber de R$ 1,5 milhão.

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