O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Alexandre Padilha, defendeu nesta terça-feira (29) que haja investigação sobre o uso de computador da Presidência para incluir elogios à página dele na Wikipédia.

"Se alguém usou um computador público [irregularmente], tem que ser punido por isso", afirmou Padilha, em evento de sua campanha.

Em dezembro do ano passado, um endereço de IP registrado em nome da Presidência da República foi usado para fazer alterações anônimas na página do ex-ministro da Saúde na Wikipédia. O caso foi revelado na segunda-feira (28) pela Folha.

Foram incluídos elogios a Padilha e ao programa Mais Médicos, bem como foram retiradas suspeitas de corrupção em relação a ele.

O candidato criticou a notícia de que o servidor Fernando Ramos Silva, coordenador-geral de produção e divulgação de informações do Palácio do Planalto, também incluiu elogios a ele no site, informação revelada pela Folha na terça-feira (29).

Segundo Padilha, na época em que Silva fez as mudanças ele não era servidor do Planalto –e, sim, terceirizado do Ministério da Saúde– e não usou um computador público.

"O servidor usou seu computador pessoal, durante a noite e fora do expediente", disse o candidato. "Não pode cercear as pessoas de colocar elogios ou críticas."

Pelos dados registrados na Wikipédia, é impossível saber o local em que Silva estava quando realizou as mudanças.