A série de reportagens "A Batalha de Belo Monte", publicada pela Folha, recebeu nesta terça-feira (29) o prêmio CNI de Jornalismo, promovido pela Confederação Nacional da Indústria, na categoria Grande Prêmio José Alencar.
O dossiê sobre a construção da terceira maior usina hidrelétrica do mundo, lançado em dezembro passado em três plataformas (jornal impresso, internet e "TV Folha"), inaugurou a série "Tudo Sobre".
O especial –que inclui vídeos, fotos e gráficos dinâmicos– exigiu dez meses de trabalho dos jornalistas Marcelo Leite, Mário Kanno, Douglas Lambert e Lalo de Almeida, auxiliados por uma equipe de 15 pessoas.
A hidrelétrica, maior obra de infraestrutura do governo Dilma Rousseff, já foi objeto de dezenas de ações judiciais, greves de trabalhadores e paralisações dos canteiros de obras promovidas por grupos indígenas.
O especial detalha três vetores dessa obra monumental: geração de energia; o impacto em Altamira (PA) e seu entorno; e como a obra afeta índios e ribeirinhos.
As obras da usina, com custo total de R$ 30 bilhões (US$ 13 bilhões), atingiram o clímax em outubro de 2013, com 25 mil trabalhadores. Três quartos dos mais de 5.600 municípios do país têm população inferior a esse exército de operários.
Quando estiver funcionando a toda força no Pará, Belo Monte poderá produzir até 11.233 megawatts (MW) de eletricidade -o suficiente para iluminar as casas de pelo menos 18 milhões de pessoas. Ela fica atrás só da hidrelétrica chinesa Três Gargantas (22.720 MW) e da paraguaio-brasileira Itaipu (14 mil MW).
No total, o prêmio CNI tem 13 categorias. Veja a lista completa de vencedores no site da CNI.