O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PMDB), confirmou na manhã desta quarta-feira (30) que participará da inauguração na quinta-feira (31) do Templo de Salomão, da Igreja Universal. Além do tucano, está prevista também a presença da presidente Dilma Rousseff (PT).

De acordo com parecer técnico apresentado para a Prefeitura de São Paulo, ao qual a Folha teve acesso, a Igreja Universal usou informações falsas para burlar a legislação municipal na construção de sua nova sede, na capital paulista.

Em 2006, a igreja evangélica apresentou pedido de reforma de prédio que havia sido demolido ao menos dois anos antes. As irregularidades foram ignoradas pelo município e a construção foi aprovada com a ajuda do ex-diretor da prefeitura Hussain Aref Saab, suspeito de comandar esquema de corrupção na aprovação de obras durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), candidato a senador por São Paulo.

EVANGÉLICOS

Em busca do apoio evangélico para as eleições deste ano, membros da campanha tucana ao governo paulista se reuniram neste mês com lideranças dos segmentos católico e evangélico. O objetivo da reunião foi articular uma agenda de encontros do governador com pastores e padres.

Na semana passada, o tucano compareceu, em uma "agenda secreta", a evento da comunidade Sara Nossa Terra, em São Paulo. No palco, o governador orou de olhos fechados, ergueu as mãos e repetiu palavras de louvor.

Como em eventos anteriores com religiosos, a assessoria de imprensa do governador não informou à imprensa sobre a presença do tucano. Em "agendas secretas", ele também participou, em março, de culto na Igreja Batista do Povo e, no início deste mês, esteve na Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).