O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, se recusou novamente a responder nesta quarta-feira (30) se realizou pousos e decolagens no aeroporto de Cláudio (MG), construído em sua gestão como governador de Minas em um terreno de seu tio-avô.
Em entrevista após participar de debate com empresários na CNI (Confederação Nacional da Indústria), Aécio não quis comentar documento elaborado pela sua campanha que admitiria o uso do aeroporto pelo tucano.
"Todos os investimentos do meu governo que levaram a ligação de cidades que não tinham asfalto e aproximação do setor aeroviário forma feitos dentro da lei, com absoluto planejamento. (...) Estou aberto a discutir a economia brasileira em fórum tão qualificado como esse", desconversou.
Alan Marques/Folhapress | ||
Aécio Neves conversa com empresários durante encontro promovido pela CNI |
Reportagem do jornal "Estado de S. Paulo", publicada nesta quarta, afirma que a campanha de Aécio elaborou documento comprovando o uso do aeroporto pelo tucano, apesar dele não ter sido homologado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
O documento, segundo a reportagem, cita uma norma da Anac que permitiria a "operação ocasional" de helicópteros em aeroportos não homologados. O documento teria sido produzido a pedido do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice na chapa de Aécio.
Desde que a Folha revelou o caso, no dia 20, o tucano se recusa a responder se já utilizou ou não a pista. Nesta terça, ao ser questionado se o fato de não responder aos questionamentos pode ser prejudicial para a campanha, ele disse: "Isso é irrelevante. Vou responder sempre que achar adequado".
A construção do aeroporto ocorreu quando Aécio estava em seu segundo mandato como governador de Minas, num terreno do tio-avô de Aécio, Múcio Tolentino –desapropriado pelo Estado. Minas gastou quase R$ 14 milhões na obra.
[an error occurred while processing this directive]