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    Tuma Junior diz sofrer ameaça da PF

    DE SÃO PAULO

    05/08/2014 21h47

    O ex-secretário nacional de Justiça e advogado Romeu Tuma Junior foi alvo de uma busca para levá-lo a prestar depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (5) e afirmou que a medida configurou um ato de coação.

    Quatro agentes da PF foram ao escritório de Tuma pela manhã para cumprir a diligência policial, que na linguagem jurídica recebe o nome de "condução coercitiva".

    O objetivo da PF era ouvir Tuma sobre as acusações apresentadas no livro "Assassinato de Reputações: um Crime de Estado" escrito pelo ex-secretário. A obra aponta ilegalidades cometidas pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e trata de temas como a morte do prefeito de Santo André Celso Daniel, a confecção de dossiês e o mensalão.

    O ex-secretário disse que nesta terça na PF apenas ratificou as informações que prestou anteriormente à PF por escrito sobre as acusações.

    Ele relatou que também pediu à PF que ficasse registrado nos autos da apuração seu repúdio à medida de condução coercitiva.

    "É uma forma de me ameaçar em razão das denúncias apresentadas em meu livro", disse ele sobre a busca.

    A PF informou que instaurou em Brasília um inquérito policial a partir da representação do senador Aloysio Nunes (PSDB). O congressista solicitou investigações sobre as acusações apresentadas por Tuma Junior no livro, segundo a corporação.

    A PF relatou que tinha como objetivo iniciar a apuração com o depoimento do ex-secretário. A ideia era que Tuma Junior colaborasse apresentando documentos e narrando fatos descritos no livro. De acordo com a corporação, Tuma Junior não foi convocado na condição de investigado.

    Foi expedida uma carta precatória para que ele prestasse esclarecimentos à PF em São Paulo, onde vive. De acordo com a polícia, ele não atendeu às intimações para depor, o que levou a PF a requerer à Justiça um mandado de condução coercitiva.

    Tuma Junior negou ter desatendido às convocações da PF. Ele disse que respondeu às questões da PF por escrito e foi duas vezes à corporação após ser chamado.

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