O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, lidera o ranking de despesas nas candidaturas a governador pelo país e arrecadou apenas 0,5% do seu total de gastos na campanha até agora.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou nesta quarta-feira (6) as informações da prestação de contas do primeiro mês de campanha.

Os dados mostram uma grande diferença entre o quanto foi arrecadado e as quantias efetivamente gastas pelos principais candidatos. Padilha, por exemplo, arrecadou em um mês menos de R$ 200 mil, mas já efetuou despesas de R$ 33,2 milhões. A maior parte dos gastos do petista foi com produção de programas para o horário eleitoral gratuito.

Outros candidatos pelo país estão na mesma situação, mas com valores bem inferiores. O governador do Piauí, José Filho (PMDB), já gastou R$ 4,5 milhões, mas arrecadou apenas R$ 333 mil em sua tentativa de se reeleger. O tucano Reinaldo Azambuja, que concorre ao governo de Mato Grosso do Sul, também gastou R$ 4,5 milhões, mas obteve receitas até o momento de R$ 1,5 milhão.

Na soma dos partidos, os maiores déficits são do PT (arrecadou ao todo R$ 16,5 milhões e gastou R$ 47,9 milhões) e do PMDB (R$ 21,8 milhões arrecadados e R$ 33,4 já desembolsados).

INFLAÇÃO

Ao todo, os 170 candidatos a governador gastaram R$ 133 milhões no primeiro mês de campanha. No mesmo período da eleição de 2010, os candidatos haviam desembolsado, em valores corrigidos, R$ 93 milhões.

O líder de arrecadação até o momento é Delcídio Amaral (PT), que concorre em Mato Grosso do Sul e já levantou R$ 8,6 milhões. Os governadores do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), estão logo atrás, com R$ 5,8 milhões e R$ 5,7 milhões arrecadados, respectivamente.

Paulo Skaf (PMDB-SP) é o quarto colocado, com R$ 4,35 milhões de receita.

Entre os partidos, o PMDB, sigla com mais candidatos aos governos, lidera a arrecadação, com R$ 21 milhões.