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    Crivella defende manter UPPs 'sem hesitação'

    ADRIANO BARCELOS
    DO RIO

    07/08/2014 13h38

    Daniel Marenco/Folhapress
    O candidato pelo PRB ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e a apresentadora Liane Borges
    O candidato pelo PRB ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e a apresentadora Liane Borges

    O candidato ao governo do Estado do Rio Marcelo Crivella (PRB) defendeu na manhã desta quinta-feira (6) que o programa das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) deve ser mantido "sem hesitação" para evitar que os criminosos gerem qualquer expectativa de retomar o território.

    Para suprir as carências de efetivo, Crivella –que tem aparecido nas pesquisas entre os líderes na disputa, dividindo a preferência do eleitorado com Anthony Garotinho (PR)– promete recorrer ao auxílio do governo federal, por suporte do Exército e da Força Nacional.

    Crivella foi o convidado desta quinta-feira na série de sabatinas com os candidatos ao governo do Estado do Rio promovida em parceria entre o portal UOL, o SBT e a Folha.

    "[Para garantir a expansão das UPPs] vou pedir ajuda ao Exercito, à Força Nacional de Segurança. De 46 mil policiais, 20 mil estão de folga ou em atividade meio. Ou em gabinete. De deputado, prefeito, juiz e desembargador", afirmou o candidato.

    Ao destacar a importância das UPPs, Crivella fez uma crítica velada a Garotinho e a Lindbergh Farias (PT) –dos quatro principais candidatos, os dois são aqueles com maior resistência ao projeto das UPPs.

    "[Ao não ser assertivo na defesa das UPPs] Se realimenta esperança de que o sujeito vai ser o dono do morro, o que não pode acontecer. Nesse momento da política, independentemente de quem ganhe, devemos estar firmes. Firmes na decisão de que não vamos permitir a ninguém ser dono da vida das pessoas", afirmou Crivella.

    Em paralelo às UPPs, o candidato do PRB defendeu a criação da Zona Franca Social. O objetivo desse projeto seria conceder incentivos fiscais combinados com a preferência a empresas com mão de obra de áreas pacificadas nas compras do próprio Estado.

    "Vamos usar o poder de compra do Estado e capacidade de desonerar para gerar pequenos negócios. Se tem que comprar móveis para escolas, roupa de cama para hospital, quero fazer isso nas comunidades pacificadas", explicou.

    Um ponto que Crivella destacou diversas vezes durante a conversa é a sua percepção de que "a política está chata", para dizer que os interesses programáticos estão subjugados aos conchavos políticos.

    "A política está muito chata. A política não tem bons assuntos", disse o candidato como explicação ao fato de que ele se manifesta pelas redes sociais muito mais sobre religião do que em assuntos relacionados a sua atividade partidária.

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    EVANGÉLICOS E HOMOFOBIA

    Questões sobre a visão pessoal dele e da Igreja a qual é ligado –a Universal– sobre a homossexualidade surgiram, a ponto de ele pedir que perguntassem sobre outro assunto, após algumas respostas. Ele negou qualquer ato de homofobia de sua parte e de seus correligionários.

    "Acho que o homossexualismo se resolve quando a pessoa decide ser ou não ser. É um assunto pessoal dela, e o governador do Estado não tem de se meter nisso". E completou:

    "O boato é que por eu ser evangélico, as pessoas acham que eu sou homofóbico ou que os evangélicos sejam homofóbicos. Não tem povo menos homofóbico que os evangélicos. Mas os evangélicos querem o direito de expressar seu pensamento, de que homossexualismo é pecado. Não é crime, não é doenças, mas é pecado. Na minha família tem homossexuais, no partido tem homossexuais. Isso é coisa de adversário político. (Homofobia) não existe".

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    GUARDANAPO E GREVE DE FOME

    Reiterando um dos motes de sua campanha –o de que se mantém distante de escândalos e de suspeitas de corrupção–, Crivella afirmou que no seu governo "não vai ter guardanapo e nem greve de fome", satirizando o PMDB do governador Luiz Fernando Pezão e Garotinho –que fez greve de fome para pressionar a revista "Veja" a dar direito de resposta a ele em uma reportagem que considerava equivocada.

    Crivella fez defesa entusiasmada da escola em tempo integral e de investimentos em pessoal para resolver os problemas da saúde, reduzindo o que considera uma terceirização excessiva dos serviços.

    A sabatina foi conduzida pelos jornalistas Fernanda Godoy (Folha), Mauricio Stycer (UOL) e Humberto Nascimento (SBT). O ciclo de entrevistas continua na sexta-feira (8) com Pezão. A ordem de participação dos candidatos foi decidida por sorteio.

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