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    Dilma chama denúncias contra Petrobras de 'factoides políticos'

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    10/08/2014 19h09

    A presidente Dilma Rousseff classificou neste domingo (10) como "factoides políticos" as recentes denúncias contra a Petrobras e diretores e ex-executivos da estatal.

    Em nova defesa à empresa, a presidente afirmou que não se pode misturar "eleição com a maior empresa de petróleo do país".

    "Se tem uma coisa que a gente tem que preservar porque tem que ter sentido de Estado, de nação e de país é não misturar eleição com a maior empresa de petróleo do país. Isso não é correto, não mostra maturidade. [...] Agora, utilizar qualquer factoide político para comprometer uma grande empresa e sua direção é muito perigoso", afirmou.

    Na próxima semana, o TCU (Tribunal de Contas da União) deverá decidir se bloqueará os bens da presidente da Petrobras Graça Foster. No final de julho, depois de meses de investigação sobre o caso, o TCU condenou 11 diretores e ex-executivos da estatal a devolver US$ 792 milhões (R$ 1,6 bilhão) por prejuízos na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Eles tiveram seus bens bloqueados.

    Pedro Ladeira -2.dez.2013/Folhapress
    Dilma cumprimenta Graça Foster durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília
    Dilma cumprimenta Graça Foster durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília

    A presidente da Petrobras não estava nesta lista, mas, logo depois, o relator do caso no TCU, José Jorge, disse que foi um erro excluí-la. O tribunal voltou a analisar a questão na quarta (6), mas o relator adiou a tomada de uma decisão.

    Graça é amiga da presidente e uma das poucas pessoas que costuma se hospedar no Palácio da Alvorada, residência oficial, quando pernoita em Brasília. Para o Planalto, o episódio é uma tentativa de desgastar Dilma por meio da presidente da estatal.

    AUMENTO DE COMBUSTÍVEL

    Nesta semana, a Petrobras anunciou que o seu lucro nos seis primeiros meses deste ano despencou 25% em comparação com igual período de 2013, de R$ 13,894 bilhões para R$ 10,352 bilhões.

    Questionada sobre se o resultado poderia forçar um aumento no preço dos combustíveis em breve, Dilma afirmou que não poderia fazer uma avaliação precisa sobre isso neste momento sem ter conhecimento de todos os dados mas disse ser possível que haja um aumento no futuro.

    "Não especulo e nem alimento especulação no mercado. No futuro pode ser que tenha aumento. Não estou dizendo que vai ter ou não vai ter, só que é possível. Não é minha competência decidir sobre isso", disse.

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