• Poder

    Monday, 06-May-2024 14:03:13 -03
    [an error occurred while processing this directive]

    Análise: Com entrevistadores incisivos, 'JN' destoa do padrão

    RICARDO MENDONÇA
    DE SÃO PAULO

    12/08/2014 09h00

    Não são poucas as exigências do "Jornal Nacional" para o presidenciável que aceita sentar na bancada azul metálica da TV Globo para ser entrevistado ao vivo por William Bonner e Patrícia Poeta.

    Por melhor que seja seu traquejo, sua postura corporal e sua capacidade cênica, o candidato sempre estará bem abaixo dos experientes, entrosados e treinadíssimos apresentadores nesses quesitos tão caros à TV. Nisso, aliás, não há nem disputa. É uma covardia. Quando o cronômetro começa a rodar, o entrevistado já larga derrotado.

    Mas tem ainda tudo aquilo que o postulante terá que dizer durante a entrevista. O conteúdo, digamos. Falando para milhões de eleitores, é preciso pensar rápido e, ao mesmo tempo, ser direto, preciso, conciso, inteligente, didático, convincente e... simpático. Ah, sim, e não pode demonstrar nervosismo. Contra a natureza, é preciso ainda parecer tranquilo, à vontade.

    A pauta é mais ou menos previsível. Bonner e Poeta irão inquirir sobre os cinco ou seis grandes temas do noticiário que estão na órbita do candidato. No caso de Aécio Neves, economia, política social e mensalão tucano (tratado no "JN" como "mensalão mineiro"), além do caso do aeroporto de Cláudio (MG).

    Bem diferente do que ocorre com a cobertura regular do telejornal no dia a dia, porém, os entrevistadores agora são bastante incisivos. Em 2010 já foi assim. Sem rodeios, o comandante da bancada denuncia que o entrevistado não respondeu uma ou outra pergunta.

    Como se estivesse pedindo socorro, o candidato dá aquela risadinha. Mas a colega de bancada, moça deslumbrante que você está acostumado a ver em capa de revista feminina, não sorri. Ela continua séria e compenetrada.

    Em 2011, Patrícia Poeta foi criticada por uma entrevista que fez com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Destaque do "Fantástico", a conversa foi considerada chapa-branca. Num trecho, ela chegou a perguntar se, nas reuniões com as ministras, não tinha "o momento do papo mais mulher: bolsa, sapato, filhos e netos". No "JN" é papo reto.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024