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    Bombeiros acham cabine do avião e carteira de Campos

    MARTHA ALVES
    ENVIADA ESPECIAL A SANTOS (SP)
    GILMAR ALVES JR.
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SANTOS (SP)

    14/08/2014 03h30

    Os bombeiros localizaram na madrugada desta quinta-feira (14) a cabine do avião do candidato a presidente Eduardo Campos (PSB), 49, que caiu na manhã de quarta-feira (13). No interior da cabine, foram encontrados partes de corpos e a carteira do presidenciável.

    Os bombeiros concentravam as buscas desde a tarde em uma área onde suspeitavam estar a cabine, embaixo de uma laje de uma das casas atingidas. Eles passaram a trabalhar no local com retroescavadeiras e manualmente.

    "Assim que chegamos a cabine visualizamos partes de um corpo", disse o capitão Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros. Os bombeiros retiraram nesta madrugada partes de um corpo e uma carteira com documentos do interior da cabine. De acordo com o tenente-coronel Roberto Lago, a carteira achada pertence a Campos.

    Próximo ao local das buscas, era possível ver pedaços de fuselagem da aeronave enroscados em um bambuzal. Duas partes da turbina foram parar dentro de uma casa. Após retirar a laje, os bombeiros localizaram a cabine do avião, que está enterrada a cerca de quatros metros de profundidade.

    Ainda não há previsão para a conclusão do trabalho de busca, mas esta e a última área que faltava para o corpo de bombeiros vasculhar. Eles não acreditam que existam mais restos mortais em outros pontos próximos ao local do acidente.

    PERÍCIA

    Os restos mortais removidos do local do acidente aéreo que matou Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência, chegaram à noite no IML (Instituto Médico Legal), no bairro Pinheiros, em São Paulo. O acidente aéreo matou o presidenciável e outras seis pessoas em Santos.

    Uma equipe de 30 profissionais de perícia já começou a trabalhar na identificação dos corpos das sete vítimas. Quatro peritos da Polícia Federal estão acompanhando os trabalhos. A realização dos exames de DNA ficará sob a responsabilidade de dez peritos criminais do Instituto de Criminalística, especialistas em genética forense.

    O caminhão que levava os corpos entrou pela garagem dos fundos do prédio. Nenhuma autoridade confirma se todos os restos mortais já foram entregues.

    A Polícia Militar montou uma base comunitária móvel do lado de fora do prédio. A entrada de pessoas é controlada por ao menos três viaturas da PM e quatro da polícia civil.

    Editoria de Arte/Folhapress

    ACIDENTE

    O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Henrique Accioly Campos, 49, morreu nesta quarta (13) em acidente aéreo em Santos, litoral paulista, onde cumpriria agenda de campanha. O jato Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, partira do Rio e caiu em área residencial.

    Dois pilotos e quatro assessores também morreram, e sete pessoas em solo ficaram feridas. Os restos mortais removidos do local do acidente chegaram na noite desta quarta-feira (13) na unidade do IML (Instituto Médico Legal) na rua Teodoro Sampaio, no bairro Pinheiros, em São Paulo. A Aeronáutica investiga a queda.

    Governador de Pernambuco por dois mandatos, ministro na gestão Lula, presidente do PSB e ex-deputado federal, Campos estava em terceiro lugar na corrida ao Planalto, com 8% no Datafolha. Conciliador, era considerado um expoente da nova geração da política.

    O PSB tem dez dias para anunciar eventual substituição do candidato. Adversários na disputa, PT e PSDB já se preparam para enfrentar Marina Silva, a vice de Campos. Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) decretou luto oficial de três dias e afirmou que o acidente "tirou a vida de um jovem político promissor". Também presidenciável, Aécio Neves (PSDB) disse ter perdido um amigo.

    Marina declarou que guardará dele a imagem de "alegria" e "sonhos". Campos morreu num 13 de agosto, mesmo dia da morte do avô, o também ex-governador Miguel Arraes (1916-2005). Campos deixa mulher, Renata Campos, e cinco filhos, o mais novo nascido em janeiro. "Não estava no script", disse Renata.

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