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    Corpos devem ser liberados entre sexta e sábado

    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    14/08/2014 16h59

    Os corpos das vítimas do acidente que matou na quarta-feira (13) o candidato à sucessão presidencial Eduardo Campos devem ser liberados entre sexta-feira (15) e sábado (16) para serem transportados para as suas cidades natais.

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, explicou nesta quinta-feira (14) que, a pedido da viúva Renata Campos, os corpos das sete vítimas serão liberados ao mesmo tempo após a conclusão dos trabalhos de identificação. Ele afirmou ainda que o trabalho de coleta dos restos mortais foi encerrado nesta tarde.

    "A coleta está encerrada. E faltava apenas o perfil genético de um dos pilotos, de Governador Valadares (MG). Um avião com um perito já foi à cidade fazer a coleta com um parente de primeiro grau para o trabalho de reconhecimento do material genético", afirmou o tucano.

    O governador de Pernambuco, João Lyra Neto, que se reuniu nesta quinta-feira (15) com Geraldo Alckmin, explicou que o transporte dos corpos será feito em aviões, "provavelmente cedidos pela FAB" (Força Aérea Brasileira).

    "Ontem (14), a presidente Dilma Rousseff colocou à disposição todos os serviços que possam ser feitos pelo governo federal", afirmou, após o encontro promovido na sede do governo paulista.

    O pernambucano explicou que os corpos das quatro vítimas de Recife serão transportados na mesma aeronave: Eduardo Campos (ex-governador), Marcelo Lyra (cinegrafista), Alexandre Severo (fotógrafo) e Carlos Augusto Leal Filho (assessor).

    De acordo com ele, o sepultamento dos corpos será realizado 24 horas depois da chegada ao Recife.

    "O sepultamento já está definido pela família. O velório será no Palácio das Princesas e o sepultamento de Eduardo Campos será no Cemitério Santo Amaro, junto ao túmulo de Miguel Arraes", afirmou.

    Segundo o governador, a família do presidenciável decidiu permanecer em Recife (PE) até a conclusão dos trabalhos pelo IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo.

    A reunião no governo paulista tem como objetivo definir como serão transportados os corpos das sete vítimas. Além dos dois governadores, participaram os deputados feredais Marcio França (SP) Beto Albuquerque (RS) e Júlio Delgado (MG), entre outros.

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    ACIDENTE

    O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Henrique Accioly Campos, 49, morreu nesta quarta (13) em acidente aéreo em Santos, litoral paulista, onde cumpriria agenda de campanha. O jato Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, partira do Rio e caiu em área residencial.

    Dois pilotos e quatro assessores também morreram, e sete pessoas em solo ficaram feridas. Os restos mortais removidos do local do acidente chegaram na noite desta quarta-feira (13) na unidade do IML (Instituto Médico Legal) na rua Teodoro Sampaio, no bairro Pinheiros, em São Paulo. A Aeronáutica investiga a queda.

    Governador de Pernambuco por dois mandatos, ministro na gestão Lula, presidente do PSB e ex-deputado federal, Campos estava em terceiro lugar na corrida ao Planalto, com 8% no Datafolha. Conciliador, era considerado um expoente da nova geração da política.

    O PSB tem dez dias para anunciar eventual substituição do candidato. Adversários na disputa, PT e PSDB já se preparam para enfrentar Marina Silva, a vice de Campos. Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) decretou luto oficial de três dias e afirmou que o acidente "tirou a vida de um jovem político promissor". Também presidenciável, Aécio Neves (PSDB) disse ter perdido um amigo.

    Marina declarou que guardará dele a imagem de "alegria" e "sonhos". Campos morreu num 13 de agosto, mesmo dia da morte do avô, o também ex-governador Miguel Arraes (1916-2005). Campos deixa mulher, Renata Campos, e cinco filhos, o mais novo nascido em janeiro. "Não estava no script", disse Renata.

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