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    Richa e Requião dividem liderança na disputa pelo governo do Paraná

    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    15/08/2014 02h30

    O atual governador Beto Richa (PSDB) e o ex-governador Roberto Requião (PMDB) dividem a liderança na corrida pelo governo do Paraná, mostra pesquisa Datafolha concluída nesta quarta-feira (13).

    Richa está à frente de Requião: tem 39% das intenções de voto, contra 33% do peemedebista. Considerando a margem de erro, porém, de três pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados.

    Em terceiro lugar aparece Gleisi Hoffmann (PT), com 11%.

    Bernardo Piloto (PSOL) e Ogier Buchi (PRP) têm 1% cada. Túlio Bandeira (PTC), Geonísio Marinho (PRTB) e Rodrigo Tomazini (PSTU) não alcançaram 1%.

    Os indecisos somam 10%, e brancos ou nulos, 5%. O levantamento foi realizado entre terça (12) e quarta-feira (13), com 1.226 entrevistas em 46 cidades do Paraná.

    Com a liderança ameaçada pelo ex-governador, Richa elegeu Requião como seu principal alvo neste início de campanha, deixando de lado a petista Gleisi.

    O tucano vem afirmando que tem "várias balas de prata" contra Requião, que foi seu antecessor e governou o Estado entre 2003 e 2010. Em seus discursos, fala da "truculência" e da "falta de diálogo" do peemedebista, conhecido pela contundência de opiniões.

    Porém, ainda que com alta rejeição (de 27%, segundo o Datafolha), Requião vem ganhando votos de eleitores insatisfeitos com o governo Richa, que passou por dificuldades financeiras e congelou obras e promoções de servidores.

    O candidato do PMDB tem dito que vai fazer o Paraná "voltar a ter governo", e chama Richa de "preguiçoso" e de "garoto bronzeado". Pela língua afiada, tem conquistado eleitores descrentes com a gestão do tucano.

    Hoje, a rejeição de Richa já se iguala à de Requião, considerada a margem de erro: 23% dos entrevistados não votariam nele de jeito nenhum.

    Sua gestão é aprovada por 48% dos eleitores –bem menos do que os 84% de aprovação que tinha quando prefeito de Curitiba, no final de 2009, pouco antes de deixar o cargo para disputar a eleição para o governo.

    Requião entrou repentinamente na eleição deste ano. O PMDB estava dividido entre apoiar Richa ou lançar Requião. A vitória do senador na convenção, no final de junho, foi considerada surpreendente.

    Com eleitorado cativo e a capilaridade do PMDB, um dos maiores partidos do Estado, Requião desequilibrou o jogo eleitoral, antes mais favorável ao tucano.

    Gleisi, com uma campanha bastante estruturada e forte apoio financeiro do PT, tenta decolar apostando no "novo". Sua equipe quer promover sua proximidade com a presidente Dilma, de quem foi ministra, e o fato de ser mulher.

    Ainda assim, a senadora precisa enfrentar a tradicional resistência ao PT do eleitorado paranaense. Nas últimas duas eleições presidenciais, os candidatos tucanos à Presidência venceram os petistas no Paraná.

    A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número PR-00014/2014.

    Editoria de Arte/Folhapress
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