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    PSDB considera acionar Greenpeace no TRE por cartaz com Dilma e Alckmin

    DE SÃO PAULO

    15/08/2014 09h48

    O PSDB considera acionar a ONG ambiental Greenpeace no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por crime eleitoral pelos cartazes que estamparam uma dobradinha entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB). O material foi instalado na última quarta-feira (13) em pontos de ônibus da cidade de São Paulo.

    A campanha à reeleição do tucano disse que há "crime eleitoral", uso indevido da logomarca do Estado e tentativa de prejudicar a candidatura à reeleição do governador. O partido já notificou na quarta a Justiça Eleitoral, que pediu ao Ministério Público a abertura de uma ação criminal.

    Adversários políticos, os dois aparecem lado a lado com a inscrição: "A espera acabou. Até o final de 2014 a extensão do metrô vai dobrar." O caso foi revelado pela Folha na quarta.

    A propaganda irritou as campanhas do PSDB e do PT, que anunciaram ações na Justiça Eleitoral. A peça simula propaganda oficial, trazendo os símbolos do governo federal e do governo do Estado. A legislação veda o uso de imagem do governante em propaganda.

    Em nota publicada em seu site nesta quinta-feira (14), a ONG explicou que a peça publicitária era uma "provocação" e que a "união dos políticos de partidos diferentes também reforçava o estranhamento da "propaganda".

    Gustavo Uribe/Folhapress
    Alckmin e Dilma aparecem juntos em publicidade sobre o metrô de SP
    Alckmin e Dilma aparecem juntos em publicidade sobre o metrô de SP

    "A provocação realizada pelo Greenpeace Brasil tem o objetivo de pressionar os candidatos a assumir verdadeiro compromisso com a melhoria do transporte público e com a mobilidade urbana para além de promessas eleitoreiras. A intervenção foi destaque na imprensa e provocou reações dos partidos dos candidatos. Mas ninguém lembrou que o voto dos cidadãos é sempre conquistado com promessas que depois não são cumpridas e que a população convive com condições indignas de transporte público", afirmou Barbara Rubim, da Campanha de Transporte do Greenpeace. "Isso tem que mudar".

    A ONG explicou que assumiria a ação, mas que em respeito ao falecimento do presidenciável Eduardo Campos (PSB), decidiu postergar a assinatura do protesto para quinta.

    O Greenpeace afirma que, no balanço dos últimos quatro anos do que foi feito em São Paulo em relação ao investimento em transporte público, "apenas 13% do que havia sido prometido de expansão do metrô virou realidade" e que "o governo federal, por sua vez, repetiu o papel de transferir a responsabilidade. Limitou-se a acompanhar passivamente a incapacidade dos entes estaduais e municipais de não aplicar os recursos transferidos pela União para desenvolver e executar os projetos de mobilidade urbana".

    O texto fala que "dos cerca de R$150 bilhões prometidos nos últimos,aproximadamente 30% foi de fato convertido em melhorias para a população".

    Responsável pela instalação dos novos abrigos de ônibus, a empresa Otima afirmou à Folha que " foi surpreendida com a violação de seus painéis publicitários na madrugada".

    A empresa afirmou que houve uma "ação criminosa" e informou ainda que registrou uma ocorrência policial "para apuração de responsabilidades, notificou a Justiça Eleitoral e tomará as medidas cabíveis e necessárias. Os materiais estão sendo retirados dos painéis".

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