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    'A grande liderança do partido é Renata Campos', diz Amaral

    DANIEL CARVALHO
    DO RECIFE
    JOÃO PEDRO PITOMBO
    ENVIADO ESPECIAL AO RECIFE

    18/08/2014 14h05

    Em um tumultuado evento no Recife, o novo presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, disse que Renata, a viúva de Eduardo Campos, é a "grande liderança" do partido atualmente.

    O evento desta segunda-feira (18), um dia após o sepultamento do ex-governador de Pernambuco e aniversário de 47 anos de Renata, foi convocado pela própria para mostrar a manutenção do projeto de Campos de eleger seu sucessor.

    Renata chegou ao local do encontro sob muitos aplausos e gritos de "Renata, vice" e "Guerreira". Desde que seu marido morreu e Marina Silva foi confirmada como cabeça da chapa nacional, o nome da ex-primeira-dama de Pernambuco começou a ganhar força como possível vice.

    "A grande liderança do partido hoje é Renata Campos. Peço que Renata esteja sempre conosco", disse Amaral, que assumiu a presidência do partido no lugar de Campos.

    Vestida com uma blusa amarela e um adesivo com o rosto de Campos no peito, Renata ficou de pé no palco, na primeira fila, com os filhos mais velhos atrás.

    Mais cedo, o único irmão de Eduardo Campos, o advogado Antônio Campos, disse que a cunhada "ainda resiste" à ideia de ser vice.

    De acordo com a lei, Renata Campos deveria ter se afastado do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco desde o início de julho (três meses antes das eleições). Nos últimos meses ela estava de licença-maternidade e, agora, está cumprindo férias, de acordo com a assessoria do TCE-PE.

    Diante disso, é bem provável que eventual candidatura dela não seja contestada pela Justiça. Integrantes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e advogados eleitorais ouvidos pela Folha afirmam que há uma jurisprudência no tribunal no sentido de que o que vale é o real exercício da função pública.

    Ou seja, se comprovado que Renata não exerceu na prática sua atividade no TCE-PE, seja pela licença-maternidade, seja pelas férias, ela está liberada para concorrer em outubro.

    CANDIDATA

    O PSB superou as divergências internas e selou acordo para lançar Marina Silva à Presidência da República no lugar de Eduardo Campos. Ela concordou com a inversão da chapa e deverá ser anunciada oficialmente na próxima quarta-feira (20). O novo presidente da sigla, Roberto Amaral, prometeu a Marina que ela não precisará permanecer no partido caso seja eleita.

    O PSB agora discutirá a indicação do novo vice na chapa presidencial. O deputado gaúcho Beto Albuquerque, hoje candidato ao Senado, é o mais cotado para a vaga. No entanto, diversas lideranças do partido têm afirmado que a posição é de Renata, caso ela queira.

    Mais tarde, na saída do evento, Amaral voltou a ser questionado sobre sua suposta resistência ao nome de Marina como candidata. Reagiu afirmando que tais afirmações são "cretinice" e "veadagem": "De tanto repetir a cretinice, parece às pessoas que é verdade", afirmou.

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