Membro da Executiva Nacional do PSB, o deputado federal Júlio Delgado (MG) disse nesta segunda-feira (18) que o candidato a vice da ex-senadora Marina Silva deverá ajudar na relação com o agronegócio e com o mercado financeiro.
Segundo Delgado, Marina Silva deixou a cargo do PSB a definição do candidato a vice-presidente da chapa que ela deverá encabeçar após a morte do ex-governador Eduardo Campos (PE).
"Qual o perfil que a gente quer? O perfil eleitoral, o perfil político? A Marina tem uma dificuldade, e isso a gente sabe que o setor do agronegócio... Quem [o partido] pode puxar para fazer essa discussão, compondo com ela a chapa", disse Delgado.
Para o deputado, o nome deve ser "conciliador" e ter boa receptividade entre ruralistas. "Porque isso facilita o encaminhamento."
Delgado também falou em acalmar o mercado financeiro. "Vamos estar ao lado da Marina com esses componentes, com as pessoas, discutindo a questão de acalmar mercado financeiro, de tranquilizar", afirmou.
A escolha do vice também poderá recair sobre um nome do PSB do Sudeste, com maior peso eleitoral. Outra questão é a regional, de forma que possa contribuir mais com as candidaturas do partido aos governos estaduais.
"Esses perfis vão serão consultados com esses candidatos e com os partidos [aliados]", disse Delgado, acrescentando que a viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, também tem um peso importante nesse ponto com o PSB-PE.
Não sendo Renata a candidata, caberá ao PSB definir. À Marina, disse ele, competirá aceitar, já que ela própria deixou o partido livre para decidir.
O próprio Delgado deixa seu nome colocado ao dizer, por exemplo, que já existem dois mineiros na disputa –a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB)– e que "mais um mineiro poderia mexer nesse tabuleiro".
Ele, que preside o PSB-MG, disse que não trabalha pelo seu nome e que isso surgiu de "fora para dentro" do partido. "Surgiu por causa da relação com o Eduardo e da nossa geração", afirmou Delgado, que se diz "lisonjeado".
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