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    Ao 'JN' Dilma diz que saúde pública não é 'minimamente razoável'

    MARIANA HAUBERT
    ANDREIA SADI
    DE BRASÍLIA

    18/08/2014 22h09

    Em uma entrevista tensa ao "Jornal Nacional", na qual discutiu com os apresentadores William Bonner e Patrícia Poeta, a presidente Dilma Rousseff admitiu nesta segunda-feira (18) que, após 12 anos de governo PT, a situação da saúde pública no país não pode ser considerada minimamente razoável.

    Dilma afirmou que os primeiros passos para enfrentar o problema foram dados com a contratação de médicos cubanos para atuação na assistência básica, através do programa Mais Médicos.

    "A senhora diria aqui aos telespectadores, que enfrentam filas e filas, que a saúde do país, hoje, é minimamente razoável depois de 12 anos?", questionou Poeta.

    "Não, não acho", respondeu Dilma. "Até porque o Brasil precisa de uma reforma federativa. Porque há responsabilidades federais, estaduais e municipais. Nós assumimos com o Mais Médicos o atendimento aos postos com uma responsabilidade basicamente federal. É compartilhada, mas assumimos como federal porque temos mais recursos. [...] Temos que melhorar a saúde e eu não tenho dúvida disso", respondeu.

    Questionada sobre os fracos resultados na área econômica e a insistência em dizer que o mercado é pessimista, Dilma afirmou que o Brasil conseguiu combater a crise internacional sem aumentar os índices de desemprego e sem redução salarial, além da queda na tributação.

    Os vários casos de corrupção que vieram à tona durante o governo petista foram lembrados pelos apresentadores que perguntaram à presidente como fazer para que um futuro governo consiga combater o problema.

    Em resposta, Dilma destacou a atuação da Polícia Federal nas investigações mas lembrou que em alguns casos, comprovou-se que o suspeito não teve qualquer conduta irregular.

    "Nós fomos aquele governo que mais estruturou os mecanismos para investigar, prender e descobrir. Além disso, tivemos relação muito respeitosa com Ministério Público e nenhum Procurador-Geral da República foi chamado de 'engavetador-geral da República'. Também escolhemos com absoluta isenção os procuradores", disse.

    Ao se alongar para responder às perguntas, Dilma acabou discutindo com os apresentadores em alguns questionamentos. Enquanto Bonner e Poeta tentavam interromper a presidente para avançar nas perguntas Dilma pedia calma e tempo para concluir seu raciocínio.

    Sem tempo para concluir sua fala, Dilma encerrou a entrevista pedindo voto para "o Brasil seguir mudando".

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    AUDIÊNCIA

    A entrevista de Dilma no "JN" teve 25,4 pontos de audiência, segundo prévia do Ibope –a média alcançada por todo o telejornal foi de 26 pontos. Cada ponto corresponde a 65 mil domicílios na Grande SP.

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