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    Em Minas, candidato do PSB some de programa e rivais mostram trajetória

    LILIANE PELEGRINI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    20/08/2014 16h34

    No primeiro programa de candidatos a governador de Minas Gerais, nesta quarta-feira (20), o PSB trocou o postulante do partido, Tarcísio Delgado, por seu filho, o deputado Júlio Delgado, que fez uma homenagem a Eduardo Campos, presidenciável pessebista morto em um acidente aéreo.

    Já os dois candidatos que lideram a disputa ao governo mineiro, os ex-ministros Fernando Pimentel (PT) e Pimenta da Veiga (PSDB), não mencionaram Campos e usaram o primeiro programa eleitoral para apresentar sua biografia e trajetória política aos eleitores.

    Com 1 minuto 36 segundos, o programa do PSB não mostrou Tarcísio em nenhum momento e dedicou a maior parte do tempo à memória de Eduardo Campos, com declarações apenas do deputado federal e presidente do partido em Minas, Júlio Delgado.

    "Perdemos um líder que nos deixou uma lição de coragem, honestidade e compromisso com o povo. Eduardo Campos vivia plena caminhada em busca de um sonho, que não era só seu, mas de todos os brasileiros", disse Júlio Delgado.

    O deputado foi cogitado como candidato do PSB ao governo de Minas e substituído pelo pai a uma semana do prazo para o registro das candidaturas. Após a morte de Campos, ele também foi considerado como possível nome para assumir a vaga de vice na chapa presidencial do partido, que será liderada por Marina Silva.

    Durante um minuto, o deputado fez um discurso de luto pela perda do companheiro de partido. Afirmou que o PSB e o Brasil vivem uma "imensa dor", mas que o "legado de Campos" terá continuidade.

    Segundo o PSB-MG, o candidato não apareceu porque a fita com o primeiro programa desapareceu, em circunstâncias ainda não esclarecidas. A assessoria do partido informou que o material foi protocolado na TV Assembleia, responsável pela distribuição e geração da propaganda eleitoral, mas que houve extravio.

    Líder nas pesquisas de intenção de voto, o petista Fernando Pimentel focou seu tempo na TV para apresentar suas credenciais como homem público e citou suas experiências como secretário municipal, prefeito de Belo Horizonte e ministro do Desenvolvimento.

    Pimentel narrou o começo na vida política, ainda na juventude, e mencionou ter sido alvo da ditadura militar. Lembrou o ex-prefeito da capital mineira Célio de Castro, de quem foi secretário e sucessor, e citou realizações de sua própria gestão, como um programa de moradia popular.

    O programa do petista buscou ainda mostrá-lo como homem próximo ao povo, com imagens de suas caravanas pelo Estado e do candidato conversando com mineiros, de jovens a idosos. Falou ainda em compromisso de ouvir a população para promover mudanças.

    "Tenho viajado muito para ouvir de perto nossa gente. Nessas viagens me perguntam: por que ser governador. (...) É para colocar a minha experiência de secretário, prefeito e ministro a serviço de Minas", afirma Pimentel.

    FAMÍLIA

    O tucano Pimenta da Veiga, por sua vez, preferiu usar a maior parte de seu programa para apresentar sua trajetória pessoal, com um tom emocional. Falou da infância em Belo Horizonte, da família, da morte do filho mais velho e mostrou depoimento de dua mulher, Anna Paola, destacando-o como homem de família.

    "Nasci em Belo Horizonte, numa família de quatro irmãos, eu e mais três. Meus pais eram professores, minha mãe era professora primária e meu pai era professor de direito", disse.

    Também lembrou sua atuação política, como ex-prefeito de Belo Horizonte, ministro das Comunicações e realizações, como a criação do Banco Postal. O tucano também falou de sua luta contra a ditadura militar.

    Apesar de ter gerado polêmica nas redes sociais, Pimenta manteve em seu programa o jingle da campanha, uma versão instrumental da música "Marcas do que se Foi", usada como propaganda do governo do general Ernesto Geisel (1974-1979) durante a ditadura.

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