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    Marina é anunciada pelo PSB, mas não subirá em palanque que não chancelou

    RANIER BRAGON
    NATUZA NERY
    DE BRASÍLIA
    MARINA DIAS
    ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

    20/08/2014 21h56

    O PSB aprovou por aclamação na noite desta quarta-feira (20) o nome de Marina Silva para a Presidência e, em suas primeira manifestações como candidata, a ex-senadora afirmou que honrará os compromissos assumidos por Eduardo Campos, mas não fará campanha para os candidatos a governador que não avalizou.

    "Sob a liderança de Eduardo conseguimos 14 Estados em que temos candidaturas em que a Rede [grupo político de Marina] e o PSB estão de acordo. [...] Foi decidido que [...] o PSB tinha o direito de ter essas alianças e que eu seria preservada de ter que apoiá-las", afirmou Marina.

    Após fracassar na tentativa de criação de seu partido, a Rede, Marina aderiu ao PSB em outubro, virou vice na chapa de Eduardo Campos (PSB), mas criticou publicamente alianças feitas pelo PSB em Estados. Entre elas São Paulo, em que o partido apoia a reeleição do tucano Geraldo Alckmin, e no Rio, em que apoia o petista Lindberg Farias.

    Sérgio Lima/Folhapress
    Marina Silva com Beto Albuquerque - O PSB confirma a candidatura de Marina à Presidência no lugar de Eduardo Campos
    Marina Silva com Beto Albuquerque têm as candidaturas confirmadas pelo PSB no lugar de Campos

    Marina defendia nesses Estados nomes novos, desvinculados dos tradicionais partidos.

    "Nesse momento permanece o mesmo enquadre que fizemos. O PSB mantêm suas alianças e o Beto [Albuquerque, vice em sua chapa] representará o PSB junto a essas alianças. Essa a foi a construção que fizemos e obviamente é a construção que será mantida. [...] Eu continuo preservada de acordo com aquilo que havíamos dito que faríamos.

    Questionada se essa posição não representa uma contradição em sua própria chapa e não confundiria o eleitor, Marina indicou acreditar que o eleitor não precisa de intermediários para saber em quem votará nos Estados.

    Marina foi escolhida candidata pelo PSB sete dias depois do acidente aéreo que matou Eduardo Campos. O partido esteve reunido durante toda essa quarta-feira em Brasília, na sua fundação e em sua sede principal.

    Ao ser apresentada como candidata, Marina fez um discurso em que frisou que pretende levar adiante o legado deixado por Eduardo Campos, incluindo todos os compromissos firmados pela campanha. Ela encerrou sua fala com uma das últimas frases que ele disse, a de que as pessoas não podem desistir do Brasil. Em pelo menos dois momentos, ela demonstrou estar muito emocionada e segurou o choro.

    Marina fez várias referências a Eduardo, dizendo que o Brasil passou a conhecê-lo melhor após sua morte. "Não temos o direito de amesquinhá-lo. Nossa palavra de ordem agora nesse momento é crescer."

    Atendendo a uma pressão do PSB, a candidata também afirmou que considera sua participação na legenda "tão importante" quanto a tarefa de criar o seu próprio partido político.

    Marina disse considerar que nesse momento acolhe o PSB em um momento difícil, de perda de seu candidato e presidente nacional, da mesma forma que foi acolhida em outubro pelo partido, quando fracassou a tentativa de criar sua própria legenda.

    O primeiro ato público de Marina como candidata à Presidência será uma caminhada em Recife, neste sábado (23).

    O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), vice de Marina, foi o responsável por fazer as principais críticas ao governo Dilma Rousseff e ao candidato do PSDB, Aécio Neves. Sua fala também abrigou o momento cômico do ato. Até então candidato ao Senado por seu Estado, ele disse, em um ato falho, que ele e Marina possuem todas as condições para "governar o Rio Grande".

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