Em estratégia esboçada pelo comando de sua campanha à reeleição, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), evitou responder nesta quinta-feira (21) aos ataques feitos na estreia da propaganda eleitoral televisiva pelo seu adversário Paulo Skaf (PMDB).

Em seu mais duro ataque na disputa eleitora deste ano, o peemedebista acusou na quarta-feira (20) o tucano de governar sem "garra" e sem "tesão", além de de ser meio frio e apático.

Em visita à Represa de Atibainha, em Nazaré Paulista (SP), o governador foi questionado quatro vezes sobre as críticas do adversário. "Não vou comentar", repetiu o candidato.

A ordem na campanha tucana é de não colocar o governador para reagir às críticas do peemedebista, o que será feito por outros dirigentes do partido. A avaliação é de que, ao responder aos ataques, o tucano adote também tom agressivo, o que não costuma ser bem aceito pelo eleitorado.

Para os próximos programas televisivos, a estratégia é deixar as críticas para o narrador do filme, enquanto o governador adotará estilo propositivo.

Em reação ao ataque de que não governa com "tesão" ou "garra", o marqueteiro Nelson Biondi deve reforçar o esforço de associar a imagem do governador a um estilo "pulso firme", sobretudo na área de segurança pública.

Ao abrir o programa eleitoral em tom crítico, a estratégia do marqueteiro Duda Mendonça foi de dissociar Skaf do candidato petista Alexandre Padilha (PT) e credenciá-lo como o principal adversário do governador.