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    Na TV, Marina aparece como candidata e Dilma exalta obras atrasadas

    JOSÉ MARQUES
    DE SÃO PAULO

    21/08/2014 14h33

    Com trechos do discurso feito na oficialização da candidatura de Marina Silva à Presidência, o PSB exibiu nesta quinta-feira (21) o primeiro programa eleitoral na TV centrado na ex-senadora.

    Marina substitui na chapa o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente de avião no dia 13 de agosto. Com o deputado Beto Albuquerque (PSB) como vice, a nova composição foi anunciada nesta quarta-feira (20).

    Como no programa de rádio veiculado pela manhã, a propaganda reforça a ideia de que Marina não descumprirá os acordos feitos com Campos ao assumir a candidatura. "Sem Eduardo, temos hoje o que sempre nos uniu: tudo aquilo que fizemos juntos. É o que faremos daqui para frente. O programa é, em si mesmo, o pacto selado. O acordo maior que nos une", disse Marina, emocionada.

    Ela completou: "Convoco a todos que saiamos do trauma da perda de Eduardo dispostos a nos entendermos para levar adiante nossa missão. Devemos isso a ele e ao povo brasileiro".

    O PSB superou divergências internas para lançar a ex-senadora como candidata. Marina se comprometeu a manter os acordos regionais fechados por Campos, mas reafirmou que não irá subir em palanques como os de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, em que o PSB apoia candidatos do PSDB. A ex-senadora foi contrária a várias alianças locais e comunicou que vai manter sua posição.

    Nesta quinta, Carlos Siqueira, secretário-geral do PSB e coordenador da campanha de Eduardo Campos, disse que não seguirá na função ao lado de Marina Silva. O presidente do PSB, Roberto Amaral, já disse que Marina não precisará permanecer no partido caso seja eleita. Ela organiza a criação de um novo partido, a Rede Sustentabilidade.

    OBRAS ATRASADAS

    A propaganda do PT priorizou a exibição de grandes obras do governo federal como símbolos da eficiência dos governos Lula e da presidente Dilma Rousseff. No entanto, parte dessas obras apresentadas como frutos de "planejamento meticuloso" estavam previstas para estarem prontas ainda neste mandato e sofreram sucessivos atrasos ou estão inoperantes, como a transposição do rio São Francisco e a entrega de trechos da ferrovia Norte-Sul.

    Os eixos leste e norte da transposição do São Francisco estavam previstos para serem entregues respectivamente em 2010 e 2012. Agora deverão ficar para dezembro de 2015.

    Em maio, a presidente inaugurou o trecho de 855 quilômetros da ferrovia Norte-Sul. As obras estavam em andamento desde 2007 e, em 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a fazer dois eventos para inaugurar a ferrovia. Mas ela não estava pronta e nunca foi utilizada para o transporte de mercadorias. O trecho ainda não está em operação porque o governo não realizou a concessão e por isso não há um operador.

    Na peça publicitária, Dilma comparou os anos de gestão do PSDB à frente do Planalto com os mandatos petistas. Segundo a candidata à reeleição, em governos anteriores, o Brasil perdeu "a capacidade de executar programas sociais e grandes obras de infraestrutura" e listou obras que "não existiam no Brasil de antes".

    No final da propaganda, o ex-presidente Lula discursou. Ao eleitor, ele afirma que Dilma "enfrentou a crise mundial" como se enfrenta "touro a unha". Lula criticou "certa imprensa" que, segundo ele, "se transformou no pior partido de oposição" e pediu para o eleitor "não deixar o Brasil parar".

    O candidato do PSDB, senador Aécio Neves, repetiu declarações feitas no horário eleitoral da terça-feira (19). O programa acrescentou apenas uma breve biografia e entrevista rápida com o tucano.

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