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    Farhat, ex-ministro de Figueiredo, morre em SP

    DE SÃO PAULO

    22/08/2014 02h00

    Morreu em São Paulo nesta quinta-feira (21), aos 93 anos, o publicitário, empresário e escritor Saïd Farhat, ministro da Comunicação Social durante o governo João Baptista Figueiredo (1979-85), o último presidente da ditadura militar.

    Farhat ocupou o cargo entre 1979 e 1980, experiência relatada no livro "Tempo de Gangorra", publicado em 2012. Na obra de 472 páginas, ele descreve como usou a sua experiência prévia no mercado publicitário para mediar a relação entre o temperamental Figueiredo e jornalistas em meio ao processo de abertura política.

    Sua tarefa mais árdua, conta, era contemporizar declarações polêmicas de Figueiredo que passaram para a história, como a de que preferia o cheiro de cavalo ao do povo ou a de que se mataria com um "tiro no coco" caso ganhasse um salário mínimo.

    Marcele Flores -11.jun.2013/Frame/Folhapress
    O empresário e escritor Saïd Farhat lançamento de seu livro, em junho de 2013
    O empresário e escritor Saïd Farhat durante lançamento de seu livro, em junho de 2013

    Pouco antes de se tornar ministro, Farhat foi presidente da Embratur por quatro anos, durante o governo Ernesto Geisel (1974-1979).

    No setor privado, Farhat, acreano de nascimento e de ascendência libanesa, trabalhou, nos anos 1950 e 1960, nas agências de publicidade Standard Propaganda e J. Walter Thompson. Depois, passou a trabalhar para a revista "Visão", que acabou comprando.

    Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês. A causa da morte não foi revelada.

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