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    Site de Suplicy atribui a suplente cargos que ele nunca ocupou

    DANIELA LIMA
    MÁRCIO FALCÃO
    DE SÃO PAULO

    22/08/2014 19h08

    O site oficial da campanha à reeleição do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) atribui ao primeiro suplente do petista, Tadeu Candelária (PR-SP), ao menos quatro mandatos que ele nunca ocupou.

    À biografia de Candelária foram acrescidas as informações de que ele foi prefeito de São Manuel "aos 21 anos de idade" e que ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados por três legislaturas. Informações prestadas pela Prefeitura de São Manuel, no entanto, dão conta que ele jamais foi eleito pelo município. Tampouco foi deputado federal.

    A Câmara informou que não há nenhuma referência a Candelária como parlamentar no banco de dados da Casa desde 1995, quando o mecanismo foi criado.

    Além dos mandatos, o site dizia que o suplente de Suplicy havia sido "vice-líder do governo" na Câmara, o que também é falso. "Iniciou sua legislatura como deputado federal em 2001, reeleito em 2003 e 2007, quando tornou-se vice-líder do Governo na Câmara. Desde então, trilhou uma longa trajetória de gestão pública até se tornar o vice-presidente do PR", afirmava o texto.

    Candelária é vice-presidente nacional do PR. Ele assumiu o posto por ser extremamente ligado ao principal mandatário do partido, Valdemar Costa Neto, hoje preso pela condenação no processo do mensalão.

    Procurado pela reportagem, Suplicy disse que houve um "erro involuntário" da assessoria de Candelária e que não chegou a conferir o material por conta da intensa agenda de campanha. Depois do contato da Folha, os trechos falsos do texto foram apagados. Ele disse ainda que é autor de um projeto de lei que prega a votação direta dos suplentes de senador.

    Candelária, por sua vez, negou tentativa deliberada de turbinar sua "biografia". Segundo o dirigente do PR, um assessor utilizou o currículo do deputado Milton Monti (PR-SP) como modelo na elaboração do texto e ao enviar para Suplicy não apagou os dados referentes ao congressista. "Não houve nenhuma má-fé. O assessor cometeu um equívoco. É uma falha grave o que aconteceu porque não poderia ter acontecido de forma alguma. Até porque quem ler esse perfil vai perceber que as informações são contraditórias", afirmou.

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