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    Rio de Janeiro

    Pijama que Getúlio Vargas usava ao se matar volta a ser exposto no RJ

    LUIZA FRANCO
    DO RIO

    23/08/2014 02h00

    Na manhã de 24 de agosto de 1954, o presidente Getúlio Vargas foi encontrado morto, ao lado de um revólver, com uma bala no peito e um buraco no paletó de seu pijama de seda, que trazia o monograma GV em tipologia art déco.

    Esse mesmo paletó de pijama volta a ver a luz do dia neste domingo (24), na celebração dos 60 anos da morte do então presidente, após um ano guardado na reserva técnica do Museu da República, no Rio. A calça do pijama foi enterrada com Vargas.

    O museu fica no antigo Palácio do Catete, sede do governo federal até 1960. O pijama volta a ser exposto no quarto de Vargas, onde uma parte da mobília continua disposta da forma como estava na sua última noite de vida.

    Também voltam ao quarto o revólver Colt 32, que Vargas teria comprado para o suicídio, e a bala que o matou.

    Museu da República/Divulgação
    Paleto do pijama de seda que Getúlio Vargas usava quando se suicidou, em 1954
    Paleto do pijama de seda que Getúlio Vargas usava quando se suicidou, em 1954

    Para despir o corpo de Vargas, que já havia endurecido quando o paletó foi tirado, foi preciso cortá-lo. O museu escolheu recompô-lo numa restauração feita em 2009 –que custou R$ 14 mil– para evitar que se deteriorasse mais, mas as marcas do corte ainda estão aparentes. Também são claras as manchas de sangue e a pólvora sobre o bolso.

    O museu se esforça para controlar a deterioração do paletó. O pijama fica exposto por no máximo três meses. Após esse período ele é higienizado e guardado em reserva técnica por três vezes o tempo em que ficou exposto. Não se sabe quanto tempo o pijama pode durar, segundo o museólogo André Angulo.

    Além da volta do pijama, o museu mostrará na próxima semana filmes sobre o presidente, seguidos de debates. A partir de 10 de setembro a exposição "Deixo a vida para entrar na memória" exibirá objetos pessoais de Vargas.

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