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    Propaganda de Alckmin na TV ataca Skaf por alianças com Maluf e Kassab

    ALEXANDRE ARAGÃO
    GUSTAVO URIBE
    MÁRCIO FALCÃO
    DE SÃO PAULO

    27/08/2014 16h00

    No dia seguinte à divulgação de pesquisa de intenções de voto que mostrou o crescimento de Paulo Skaf (PMDB) na disputa ao governo paulista, a campanha à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) veiculou inserção televisiva na qual critica as alianças eleitorais do peemedebista.

    A publicidade de 15 segundos, exibida nesta quarta-feira (27), afirma que o candidato oculta os apoios dos ex-prefeitos da capital paulista Paulo Maluf (PP) e Gilberto Kassab (PSD) –que concorre ao Senado em sua chapa– e do ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury (PMDB), coordenador da campanha do candidato.

    "O Skaf esconde, mas ele está com o Kassab, com o Maluf e esconde até o Fleury, aquele governador que quebrou São Paulo e hoje é chefe de sua campanha", afirma um narrador, enquanto uma foto de Skaf é mostrada e, por trás dela, aparecem imagens dos outros políticos (assista ao vídeo abaixo).

    O filme eleitoral também ironiza o slogan e a estratégia da campanha do peemedebista, de se apresentar como um nome novo na disputa eleitoral. "Skaf, um novo caminho ou um novo problema?", questiona. Avisada pela Folha sobre a existência da peça, a campanha de Skaf, a princípio, não quis se manifestar. Depois, em visita ao Rotary Club, o candidato rebateu as acusações da propaganda tucana.

    "O Alckmin está sendo ingrato, porque o deputado Paulo Maluf o apoiou em 2010 e graças ao apoio que ele foi reeleito", afirmou Skaf. "Além disso, o Maluf indica nomes na Secretaria de Habitação, então ele participa da gestão Alckmin, coisa que não vai acontecer nem com Paulo Maluf nem com ninguém na minha gestão."

    Segundo Skaf, o apoio a sua candidatura é do PP, não de Maluf. "Nessa eleição o Maluf apoiou foi o Padilha. Foi de última hora que o PP, como partido, um dos maiores do país, que me apoiaram", disse o candidato.

    O peemedebista também criticou a citação a Kassab, afirmando que o ex-prefeito foi convidado a integrar a coligação do PSDB, mas recusou.

    Veja vídeo

    Assista ao vídeo em tablets e celulares

    ESTRATÉGIA

    A pesquisa mais recente, do Ibope, divulgada na terça (26), mostrou a redução de 39 para 30 pontos percentuais na vantagem do tucano sobre o adversário.

    Em comparação ao levantamento realizado no final de julho, o governador permaneceu com 50% das intenções de voto, enquanto o peemedebista subiu de 11% para 20%.

    A campanha à reeleição do governador não pretende incluir a peça eleitoral ao seu programa televisivo. A ordem é deixar os ataques mais duros para as inserções e para o narrador e não envolver o governador nas críticas.

    Já os peemedebistas avaliam como positivo o início dos ataques por parte de Alckmin. Internamente, a campanha de Skaf considera que os tucanos estão preocupados com o crescimento nas pesquisas.

    ALIANÇAS

    No início do ano, o governador tentou fechar alianças à sua candidatura tanto com o PP, de Maluf, como com o PSD, de Kassab. Em troca do apoio do PP, o governo estadual chegou a considerar acomodar a sigla, que já deteve o controle da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), na Secretaria da Habitação.

    O coordenador-geral da campanha do tucano, Edson Aparecido, chegou a ir à casa de Maluf na tentativa de fechar um acordo.

    Para atrair o PSD, o governador convidou publicamente Kassab para ser o candidato de sua chapa ao Senado Federal. O ex-prefeito de São Paulo, no entanto, almejava o posto de candidato a vice-governador, o que foi negado pelo tucano.

    Em meio às especulações para o posto, o governador chegou a fazer um afago público a Kassab e afirmou que ele teria "todas as qualificações" para ser seu vice. "Ele tem todas as qualificações e foi prefeito de São Paulo duas vezes", disse à época.

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