• Poder

    Thursday, 02-May-2024 09:52:19 -03
    [an error occurred while processing this directive]

    A 38 dias da eleição, governo gaúcho retoma 'padrão Fifa' na segurança

    FELIPE BÄCHTOLD
    DE PORTO ALEGRE

    28/08/2014 12h15

    Em plena campanha eleitoral, o governo do Rio Grande do Sul decidiu recriar o clima de "segurança padrão Fifa" em Porto Alegre.

    Desde a semana passada, 200 policiais militares foram convocados do interior e de funções administrativas pela gestão de Tarso Genro (PT), candidato à reeleição, para atuar na capital.

    Patrulham ruas movimentadas e trabalham identificados com um boné branco.

    A segurança é justamente uma das áreas mais sensíveis da gestão Tarso. Eleitores a avaliam como o segundo pior setor de atuação do governo, atrás só da saúde, segundo pesquisa Datafolha deste mês.

    No primeiro semestre, a quantidade de homicídios e de roubos foi a maior dos últimos anos. Porto Alegre registrou 279 homicídios dolosos, 24% do total do Estado.

    Pedro Ladeira - 31.mar.2014/Folhapress
    O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), que tenta a reeleição no Estado
    O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), que tenta a reeleição no Estado

    Durante a Copa, porém, o reforço no policiamento no centro de Porto Alegre e no entorno do estádio Beira-Rio, também com homens do interior do Estado, foi bastante elogiado pela população.

    O comando da Brigada Militar (a PM gaúcha) justificou o novo reforço afirmando que a medida "dá uma resposta à sociedade" e "permite ocupar espaços públicos".

    "Houve a Copa e empenho no policiamento. A população gostou. Em função disso comando e governo buscaram alternativas", disse o oficial da Brigada responsável pelo reforço, Carlos Selistre.

    O governo, afirmou Selistre, está pronto para contratar mais 1.600 PMs, mas não pode homologar o vínculo por ora devido às restrições da legislação eleitoral.

    O reforço na capital deve continuar até o fim do ano, e a Brigada não informa qual é o efetivo habitual na cidade.

    O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Brigada, Leonel Lucas, aponta motivação eleitoral na medida.

    "Vai terminar a eleição e isso vai sumir. Vão dizer que não vai ter dinheiro para pagar as diárias", diz.

    A Secretaria da Segurança do Estado, por meio de assessoria, afirmou que a decisão é administrativa e não tem nenhuma influência da proximidade da eleição.

    'INTERIOR DESGUARNECIDO'

    Prefeituras do interior que ficaram com menos PMs reclamam da iniciativa. Afirmam que o deslocamento deixa desguarnecidas cidades com déficit de policiais.

    "É difícil de aceitar. Há cidades com só um policial", disse Seger Menegaz (PMDB), líder da federação dos municípios e prefeito de Tapejara.

    Nestas eleições, o PMDB tem candidato próprio ao governo do RS, José Ivo Sartori, rival de Tarso.

    A Brigada diz ter deslocado homens de cidades com baixa criminalidade.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024