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    Aécio diz que Mantega entrega economia em 'quadro perverso'

    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    29/08/2014 14h36

    O candidato do PSDB à sucessão presidencial, Aécio Neves, acusou nesta sexta-feira (29) o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, de ter entregue um "quadro extremamente perverso" no período em que esteve à frente da economia brasileira.

    O tucano avaliou que o governo do PT terminou "antes da hora", ao ter levado a economia a um cenário de recessão técnica no país.

    "É triste, ao final do governo, o ministro da Fazenda entregar esse quadro extremamente perverso para os brasileiros, de recessão econômica e de inflação fora de controle", afirmou.

    De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro caiu 0,6% no segundo trimestre, na comparação com os três primeiros meses deste ano. Como o resultado do primeiro trimestre foi revisado para queda de 0,2% (contra alta de 0,2% informado anteriormente), segundo parte dos economistas, o país entrou em recessão técnica.

    Segundo Aécio, o legado do atual governo será de crescimento e investimento baixos, com inflação e juros altos. Em entrevista, porém, Mantega negou que o Brasil tenha entrado em uma recessão.

    CRÍTICA

    O presidenciável também rebateu a crítica feita por Mantega ao ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que deve assumir o Ministério da Fazendo caso o tucano seja eleito presidente.

    Sem citar nomes, Mantega acusou Fraga de não ter entregue a meta da inflação quando estava no comando do BC, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

    "Tem um candidato [sic] que era presidente do Banco Central e que não entregou a meta de inflação", disse Mantega, confundindo Aécio com Fraga.

    "Não vejo nele [Mantega] autoridade para questionar quem quer que seja. No governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a inflação era de 1.600% ao ano. Ela chegou a 7% em 2002 e subiu para 12% em razão do chamado 'risco Lula'", rebateu Aécio.

    AMADOR

    O candidato também aproveitou a discussão econômica para alfinetar a sua adversária Marina Silva (PSB), que o ultrapassou recentemente nas pesquisas de intenção de voto, ocupando o segundo lugar na corrida eleitoral. Segundo ele, o Brasil precisa de uma proposta de mudança, mas que seja "consistente".

    "Este modelo que está aí fracassou e nós é que temos as melhores condições de apresentar ao Brasil não apenas uma proposta de mudança, mas uma mudança consistente. Uma mudança clara para a retomada do crescimento, para o combate à inflação, e para a retomada do emprego", disse.

    De acordo com ele, o "Brasil não é para amadores", e é necessário definir se o país quer uma "mudança do improviso".

    "Não é possível que nós possamos caminhar em uma outra direção sem que saibamos que direção é essa."

    Em São Paulo, Aécio participou de uma vistoria à Linha 15-Prata do Metrô (o monotrilho) ao lado do governador de São Paulo e candidato à reeleição no Estado, Geraldo Alckmin, que será aberta neste sábado (30) para visitas.

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