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    Campanha de Dilma vai fazer confronto direto com Marina Silva

    VALDO CRUZ
    ANDRÉIA SADI
    NATUZA NERY
    DE BRASÍLIA

    30/08/2014 02h00

    A campanha da presidente Dilma Rousseff vai partir para a polarização com Marina Silva (PSB) diante do resultado da nova pesquisa Datafolha, que aponta empate entre as duas candidatas e vitória da adversária num segundo turno por dez pontos.

    Segundo assessores presidenciais, o novo cenário eleitoral forçará um ajuste na campanha, que terá de passar a fazer um confronto direto com Marina.

    Coordenadores da campanha defendem que Dilma confronte a principal adversária já no próximo debate na TV, nesta segunda-feira (1º), organizado por Folha, UOL, SBT e rádio Jovem Pan.

    No último encontro entre presidenciáveis, na Rede Bandeirantes, a presidente evitou polarizar com Marina e escolheu Aécio Neves como alvo principal. Agora, avaliam petistas, não dá mais para ignorar a adversária.

    "Dilma precisa mostrar ao telespectador que é melhor que Marina", afirma um integrante do QG dilmista.

    Também está em análise incluir críticas no programa eleitoral do PT na TV, que até agora não faz ataques à ex-senadora. A campanha de Dilma vinha tentando manter a candidata em uma postura ''olímpica'', sem confronto com os adversários.

    Mas, com o resultado da nova pesquisa Datafolha, a estratégia agora será mostrar que a presidente é quem tem projeto de país e explorar o que chamam de fragilidade da ex-ministra do Meio Ambiente. Os integrantes do comitê de Dilma dizem que é preciso tirar Marina da "zona de conforto" do debate de ideias para discutir propostas concretas para o país.

    O objetivo também é fazer com que a rejeição a Dilma caia e ela chegue com mais chances em um eventual segundo turno.

    Publicamente, governo e PT buscam passar tranquilidade e calma diante do resultado da pesquisa. "A pesquisa é um bom estímulo para trabalharmos. Um estímulo para redobrar a mobilização e incentivar a militância a ir para as ruas", afirmou o ministro Ricardo Berzoini (Relações Institucionais).

    TUCANOS

    A campanha de Aécio Neves (PSDB), agora em terceiro lugar nas pesquisas, reagiu abatida à desidratação do tucano. Alguns interlocutores do candidato já não escondem o desânimo.

    Atribuem parte da queda a um cansaço do eleitor com a polarização PT-PSDB e à incapacidade de Dilma e Aécio em conquistar a pauta das manifestações de junho, algo que Marina parece estar conseguindo.

    Em nota, Aécio disse que os dados refletem "um momento do já esperado crescimento de Marina Silva". "Nas próximas semanas, vai crescer a atenção e o interesse nas eleições, o que dará oportunidade à população de conhecer os verdadeiros significados de cada candidatura".

    Aécio disse ainda que "neste momento, nosso maior desafio é vencer o desconhecimento de nossa candidatura".

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