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    Presidente do Banco do Brasil afirma que declarações são calúnia

    DE BRASÍLIA

    31/08/2014 02h00

    O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, afirmou à reportagem desconhecer o teor do depoimento prestado pelo motorista Sebastião Ferreira da Silva, conhecido como Ferreirinha, ao Ministério Público Federal.

    De acordo com Bendine, Silva era um motorista terceirizado, que trabalhava para uma empresa que presta serviços de transporte para a instituição financeira.

    Bendine diz que o Banco do Brasil já tentou obter informações sobre o depoimento e mesmo se há um processo em curso no Ministério Público Federal, mas não obteve resposta do órgão.

    "Só tenho conhecimento disso [depoimento] porque tenho sido abordado por alguns veículos de imprensa para falar desse depoimento, que tem declarações caluniosas e contraditórias", disse.

    O presidente do Banco do Brasil afirma que Silva moveu uma ação trabalhista contra a empresa prestadora de serviço e que, no processo judicial, incluiu o banco como co-réu. Segundo ele, o processo não prosperou, e o motorista foi demitido.

    "Parece ser uma pessoa não muito equilibrada emocionalmente", disse.

    De acordo com Bendine, denúncia anônima com teor semelhante ao depoimento do motorista foi arquivada pelo Ministério Público Estadual de São Paulo e por 11 órgãos do governo federal.

    AGENDA CHEIA

    Ele negou que tenha pedido ao motorista para fazer pagamentos em seu nome em valores em dinheiro. Disse ainda desconhecer um dos endereços citados pelo motorista, na rua São Carlos do Pinhal, em São Paulo.

    Afirmou que sua agenda como presidente do banco é muito cheia e que, portanto, poderia ter ido ao local em alguma ocasião.

    Sobre o empresário Marcos Fernando Garms, o presidente do Banco do Brasil disse que ele é seu amigo há mais de 45 anos. Bendine nega ter entregue dinheiro a ele diante do motorista. "É um absurdo, uma calúnia", afirmou.

    Bendine disse que já dirigiu o Range Rover de Garms e considera o ato normal.

    "Ele é meu amigo de infância, ando com o carro, passeei com ele em fins de semana. Neste [carro] e em outros. Não vejo problema em fazer um passeio num carro de um amigo", afirmou.

    O presidente do Banco do Brasil foi procurado novamente na sexta-feira (29) pela reportagem. Mas ele informou, por meio de sua assessoria, que não tinha mais informações a serem prestadas sobre esse caso.

    A Folha telefonou para a casa do empresário Marcos Fernando Garms e deixou recado na sexta-feira (29), mas ele não ligou de volta.

    Procurada pela Folha, a Rede Record informou por meio de sua assessoria que não tem nenhum departamento no endereço citado pelo motorista e que não se manifesta por outras empresas do grupo.

    RECEITA

    Conforme revelou a Folha na última semana, Bendine pagou multa de R$ 122 mil à Receita Federal para se livrar de questionamentos sobre a evolução de seu patrimônio e um apartamento pago com dinheiro vivo em 2010.

    Ele disse que sua autuação foi provocada por um erro cometido no preenchimento da declaração de Imposto de Renda. Bendine disse que, ao pagar a multa, houve o reconhecimento do erro, mas não a admissão de qualquer tipo de ilegalidade.

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