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    Segundo debate é marcado por ataques entre Dilma e Marina

    GABRIELA TERENZI
    MARINA NOVAES
    DE SÃO PAULO

    01/09/2014 21h50

    O segundo debate entre presidenciáveis, promovido por Folha, UOL, SBT e Jovem Pan nesta segunda-feira (1º), foi marcado por mais ataques entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), que estão empatadas no primeiro turno das eleições segundo a última pesquisa Datafolha.

    Marina escolheu como alvo principal a política econômica do governo petista e repetiu duas vezes que Dilma "não sabe reconhecer erros".

    A presidente, por sua vez, cobrou da ex-senadora o custo de suas promessas e disse que candidata não pode governar apenas "com frases de efeito".

    O senador mineiro Aécio Neves (PSDB), que até a entrada de Marina era o principal adversário de Dilma, teve presença apagada no debate desta segunda.

    Um dos poucos embates que o tucano travou foi a respeito dos investimentos do governo de Dilma na mobilidade urbana em Minas Gerais, Estado que Aécio governou entre 2003 e 2010.

    METRÔ

    A petista afirmou que o ex-governador tinha "memória fraca" por não se lembrar que o governo federal tem parceria com Minas Gerais em todas as obras de mobilidade do Estado, e citou como exemplo o metrô de Belo Horizonte.

    "Em BH ninguém anda um palmo em metrô feito pelo governo federal do PT", rebateu Aécio.

    Dilma seguiu atacando a memória do candidato. "Acho estranhíssimo, talvez o senhor não saiba, que as obras feitas em Minas Gerais em ferrovias e rodovias foram feitas com recursos federais."

    Atualmente, as obras de expansão do metrô na capital mineira são financiadas pelos governos estadual, federal e por investimentos privados. Mas nenhuma nova estação foi inaugurada desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

    Novos investimentos foram anunciados por Dilma apenas em 2011. Atualmente, o metrô de BH tem 28,2 km de extensão.

    Em outra oportunidade, ao fazer pergunta ao candidato Eduardo Jorge (PV), Aécio falou sobre a queda de 0,6% no PIB brasileiro no segundo trimestre de 2014.

    "Ouvimos a presidente dizer no último debate que não se preocupa com a inflação. De lá para cá, tivemos a notícia que o Brasil está em recessão", disse o tucano.

    Em outros momentos, porém, o ex-governador ficou preso em discussões com os nanicos Levy Fidelix (PRTB) e Pastor Everaldo (PSC).

    CONSTRANGIMENTOS

    Marina Silva, além de discutir com Dilma, teve que responder críticas sobre a mudança nas políticas para a comunidade LGBT em seu programa de governo em questão levantada por Luciana Genro (PSOL).

    "Não durou quatro tweets sua política para casamento igualitário", disse Luciana, em referência a críticas feitas pelo pastor Silas Malafaia na internet.

    Marina repetiu discurso de que a mudança ocorreu "em função de um erro da equipe de campanha".

    Em pergunta feita pelo jornalista Fernando Rodrigues, a peessebista também teve que dar satisfação sobre o valor de R$ 1,6 milhão que recebeu por palestras nos últimos três anos.

    "Eu não tenho nenhum problema em revelar as empresas que me contrataram. Todos sabem que dou palestras sobre o desenvolvimento sustentável em todo o país, e não vejo contradição entre isso e a nova política", disse a ex-senadora.

    "A Receita Federal é testemunha que pago todos os meus impostos com transparência", completou.

    De acordo com a última pesquisa Datafolha, Dilma e Marina estão empatadas, com 34% das intenções de votos. Aécio Neves aparece em terceiro, com 15% da preferência do eleitorado.

    O debate promovido pela Folha, UOL, SBT e Jovem Pan chegou liderar os assuntos mais comentados no mundo no Twitter.

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