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    Mantega critica programa econômico de Marina e defende papel de bancos

    SOFIA FERNANDES
    DE BRASÍLIA

    02/09/2014 13h00

    O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira (2) que o programa econômico da candidata à presidência Marina Silva (PSB) é temerário, pois contém "instrumentos que podem reduzir a atividade econômica".

    "Por exemplo, reduzir o papel dos bancos públicos significa menos financiamento e juros altos", disse.

    "Se depender só dos bancos privados, eles cobram taxas mais elevadas", afirmou Mantega, reforçando a crítica ao discurso de Marina, que defende uma presença menor do Estado na economia e uma participação maior dos bancos privados.

    Mantega pontuou que defende uma participação "cada vez maior" dos bancos na economia, mas "sem que se tire os bancos públicos disso".

    Segundo ele, a redução de subsídios hoje adotados pelo governo elevaria o custo de aquisição de máquinas e equipamentos.

    Entretanto, dados divulgados pelo IBGE na última sexta-feira (29) apontaram para uma desaceleração da economia brasileira. De acordo com o IBGE, o PIB brasileiro caiu 0,6% no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses deste ano. Como o resultado do primeiro trimestre foi revisado para queda de 0,2% (contra alta de 0,2% informado anteriormente), segundo parte dos economistas, o país entrou em recessão técnica.

    Embora o governo negue que o país esteja em recessão, a política econômica da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, foi duramente criticada pelos demais presidenciáveis durante o debate promovido por Folha, UOL, SBT e Jovem Pan nesta segunda-feira (1º).

    Sérgio Lima-20.ago.2014/Folhapress
    Apesar da queda do PIB brasileiro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nega o cenário de recessão
    Apesar da queda do PIB brasileiro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nega o cenário de recessão

    INFLAÇÃO

    Mantega também afirmou ser "temerário" combater a inflação com um aumento "muito grande" do superávit primário -diferença entre o que o governo ganha e o que ele gasta, poupança que é usada para pagamento dos juros da dívida pública.

    "O choque de primário pode ser temerário, pode paralisar a atividade", defendeu.

    "Inflação se combate com firmeza, como temos feito, com política monetária firme, elevação das taxas de juros, mas não a volta ao passado, que é a elevação da taxa de juros para 20%, 30%, 40% como foi praticado antes do nosso governo", completou.

    Editoria de Arte/Folhapress
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