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    No horário eleitoral, Dilma compara Marina a Jânio Quadros e Collor

    DE SÃO PAULO

    02/09/2014 14h15

    Com a trajetória ascendente de Marina Silva (PSB) nas pesquisas de intenção de voto, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) usaram o horário eleitoral da tarde desta terça-feira (2) para tentar desconstruir a imagem da adversária. Na TV, a campanha petista chegou a comparar a Jânio Quadros e Fernando Collor.

    Pesquisa Datafolha divulgada na última sexta (29) mostrou Dilma e Marina empatadas, com 34% das intenções de voto no primeiro turno cada uma. Aécio figura em terceiro lugar, com 15%.

    A presidente usou imagens do debate promovido nesta segunda (1º) por Folha, UOL, SBT e Jovem Pan durante a maior parte do programa eleitoral. Apresentadores proclamaram que a petista foi quem se saiu melhor na discussão.

    Com infográficos, a propaganda diz que a base partidária da candidata do PSB tem 33 deputados e que, para aprovar um projeto de lei, ela precisaria de, no mínimo, 129 votos favoráveis na Câmara. Para uma emenda constitucional, seria necessário o apoio de 308 congressistas.

    "Como é que você acha que ela vai conseguir esse apoio sem fazer acordos?", diz o locutor. "E será que ela quer? Será que ela tem jeito para negociar?"

    Na sequência, seguem imagens de notícias sobre os ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor, enquanto uma voz conta que o Brasil escolheu, por duas vezes, "salvadores da pátria" que governariam no "partido do eu sozinho". "E a gente sabe como isso terminou", afirma.

    Ex-adversário do PT no passado, o senador Fernando Collor (PTB-AL), que tenta novo um mandato, é aliado do governo Dilma.

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    "Sonhar é bom. Mas eleição é hora de botar o pé no chão e voltar à realidade", completa.

    A propaganda petista também usou o pré-sal como forma de criticar a ex-senadora. Após exibir números sobre a produção e rendimentos da camada de petróleo nos últimos anos, a publicidade decreta: "Ser contra o pré-sal é ser contra o futuro do Brasil".

    O PT quer usar o recurso como arma para minar o crescimento de Marina Silva. Dilma venderá a ideia de que a rival põe riquezas do país em risco ao deixar a exploração do petróleo em segundo plano.

    'MUDANÇA SEM RISCO'

    Aécio Neves repetiu discurso da propaganda eleitoral exibida no sábado (30) e tentou estabelecer diferenças entre os dois "candidatos da mudança", ele e Marina.

    "Tem gente que acha que é só tirar o PT do governo e 'tá' tudo resolvido", diz o senador. À diferença de Dilma, Aécio faz diretamente as críticas à candidata do PSB, sem uso de apresentadores.

    O ex-governador mineiro afirma que, para governar, é preciso ter "ideias sólidas, experiência e força política". Ele usa a gestão em Minas (2003-2010) e seu mandato na Câmara dos Deputados (1986-2002) para vender a imagem de "mudança sem risco", em contraposição a Marina Silva.

    Os cargos públicos ocupados por Marina foram o de Ministra do Meio Ambiente (2003-2008) e senadora pelo Acre (1994-2002).

    A pessebista, por sua vez, apresentou programa em que fez defesa do investimento em educação em tempo integral. Ela usou a gestão de Eduardo Campos em Pernambuco para justificar a viabilidade de seus propostas.

    "Eduardo Campos fez mais escolas em tempo integral do que São Paulo, Minas e Rio de Janeiro juntos", diz. "Quando existe determinação, capacidade de gestão, as coisas acontecem."

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