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    Dilma diz que faz 'política da verdade' ao associar Marina a Jânio e Collor

    PAULO PEIXOTO
    DE BELO HORIZONTE

    03/09/2014 16h01

    A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, negou nesta quarta-feira (3) que esteja promovendo a "política do medo" ao questionar a capacidade de governar da candidata Marina Silva (PSB) –disse que faz a "política da verdade".

    Em campanha em Belo Horizonte, Dilma foi questionada se estava reeditando a "política do medo", da qual o PT já foi alvo no passado, ao associar Marina aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor, que enfrentaram dificuldades e deixaram o cargo antes do final de seus mandatos. A associação foi feita na propaganda política de Dilma.

    "Não, querida, é a política da verdade. O que nós dissemos é que, se você não tem número suficiente de deputados, você não aprova nenhum projeto", afirmou Dilma.

    A presidente disse que "na democracia a gente perde e a gente ganha" e que, no seu governo, perdeu e ganhou em votações no Congresso.

    "Portanto, a necessidade de negociar é inexorável. É importante saber, ao negociar, não ceder diante dos interesses do Brasil, do povo brasileiro, da nossa população", completou.

    Dilma disse ainda que, ao criticar o risco de alta do desemprego com as propostas de política industrial de Marina, não está afirmando que isso será realizado por algum candidato, mas procurando mostrar as consequências dessas ideias.

    "Estou dizendo que, quando você escreve que vai reduzir o papel dos bancos públicos, tem uma consequência, assim como quando você diz: 'olha, eu vou antecipar 10% do PIB para a educação, 10% da receita bruta para a saúde, vou antecipar impostos para os municípios'. Você tem de dizer de onde vai sair [o dinheiro]", disse.

    Dilma afirmou que é preciso responsabilidade para dirigir o país e que "papel aceita tudo". Por esse motivo entende ser o momento da "verdade" na campanha.

    "Quando você dirige um país, você tem de ter responsabilidade com o dia seguinte. Não basta dizer, porque você sabe que papel aceita tudo. [É] A hora da verdade. Por isso eu disse que não é uma questão de medo, mas de verdade, é a hora que você tem de mostrar o que você vai fazer, como vai fazer e com que dinheiro você vai fazer", completou.

    CAMPANHA DE RUA

    Dilma concedeu entrevista no distrito de Venda Nova, zona norte de Belo Horizonte, onde fez campanha de rua. Ela saiu na carroceria de uma caminhonete acenando e cumprimentando moradores e militantes petistas. O trajeto foi curto, de três quarteirões.

    Segundo alguns petistas, a opção pelo carro aberto se deu após a experiência recente de uma campanha de rua em São Paulo, quando Dilma saiu a pé e quase não conseguiu caminhar e cumprimentar os eleitores, por causa da aglomeração de pessoas.

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