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    Suplicy pede que PT interrompa 'discurso do medo' contra Marina

    GABRIELA GUERREIRO
    DE BRASÍLIA

    03/09/2014 17h14

    Aliado da presidente Dilma Rousseff, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) recomendou nesta quarta-feira (3) que a campanha da petista à reeleição não adote o discurso do "medo" contra a candidata Marina Silva (PSB). No plenário do Senado, Suplicy disse ser contrário ao que chama de "apresentação crítica" aos adversários do PT na corrida presidencial.

    "Eu quero fazer uma recomendação ao meu partido, à presidenta Dilma, ao meu presidente Rui Falcão - e eu quero a reeleição da Presidenta Dilma - de que o melhor não é estar apresentando críticas aos nossos adversários. O melhor será mostrar aquilo que temos feito de melhor e aquilo que vamos fazer ainda melhor", afirmou.

    A campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff repaginou a "estratégia do medo"–condenada pelo próprio partido em outras disputas eleitorais– para tentar desconstruir a imagem de Marina, que se tornou a principal adversária da petista na disputa pelo Planalto.

    Suplicy falou no plenário numa intervenção ao discurso do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que subiu à tribuna para fazer duras críticas à campanha de Dilma. Jarbas disse que o PT deu início a uma "campanha de desqualificação" de Marina depois que as pesquisas de intenção de votos mostraram a candidata do PSB empatada numericamente com a presidente.

    Jarbas mencionou o fato de Dilma ter mostrado, no horário eleitoral, uma comparação de Marina com os ex-presidentes Fernando Collor e Jânio Quadros.

    "Em épocas de desespero, o PT não poupa nem seus aliados. O Collor é aliado de primeira hora dos governos petistas, de Lula e Dilma. Não deixa de ser uma lorota e uma atitude de ingratidão e autofagia na medida em que, com o intuito de ganhar a eleição presidencial a todo custo, sacrifica um aliado que é candidato à reeleição para o Senado Federal", afirmou o senador.

    Segundo Jarbas, Dilma faz "papel de diabo" no exercício do poder usando dinheiro público para fazer sua campanha à reeleição. "Nada, absolutamente nada, vai fazer o povo brasileiro deixar de votar pelas mudanças. Nada, absolutamente nada, vai impedir os brasileiros e brasileiras de mandarem Dilma, o PT e seus aliados para a oposição nas eleições de 5 de outubro próximo", disse o peemedebista.

    A troca de farpas entre aliados do PT e de Marina começou nesta terça-feira (2) no Senado, quando o líder petista na Casa, Humberto Costa (PE), subiu à tribuna para acusar a candidata do PSB de ser o "FHC de saias", em referência ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

    Costa disse que Marina é candidata "sem posição" e vai "baixar a cabeça" ao mercado financeiro e retomar a política neoliberal do governo FHC, caso eleita. "Será uma FHC de saias. A proposta de Marina é deixar que a mão do mercado regule tudo. É dar autonomia total ao Banco Central, coisa que nem o Fernando Henrique deu."

    Em resposta ao petista, o líder do PSB, senador Rodrigo Rollemberg (DF), disse que o discurso do "medo" foi adotado contra o PT antes do ex-presidente Lula ser eleito. "O presidente Lula foi vítima desse tipo de ameaça. A esperança vai vencer o medo. O que a ex-ministra representa para a população é um desejo de mudança, de transformação. Querer tratar candidaturas como ameaça, não cola", afirmou.

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Reunião para instalação da CPI do Metrô de São Paulo, sob a presidência provisória do senador Eduardo Suplicy (PT-SP)
    Senador Eduardo Suplicy na reunião para instalação da CPI do Metrô de São Paulo
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