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    Aliados do governo recebem mal proposta de acelerar a Lei Geral das Religiões

    GABRIELA GUERREIRO
    NATUZA NERY
    DE BRASÍLIA

    03/09/2014 20h28

    A proposta do governo de fixar regime de urgência na tramitação da Lei Geral das Religiões, um aceno para conter o avanço da candidata à Presidência Marina Silva (PSB) no meio evangélico, foi mal recebida por líderes de partidos que apoiam Dilma Rousseff no Senado.

    Segundo a Folha apurou, emissários da Secretaria de Relações Institucionais, o ministério responsável pela coordenação política com o Congresso, ouviram na terça-feira não haver disposição em ajudar o governo no tema antes das eleições.

    O Palácio do Planalto havia decido acelerar a tramitação da lei para extrair benefícios eleitorais, conforme revelado pela Folha. O problema é que o governo esqueceu de combinar a estratégia com sua base parlamentar.

    Entre senadores evangélicos, a receptividade à votação do projeto foi ruim.

    "Esse projeto não foi votado antes porque eles [governo] não quiseram. Agora, querem votar isso desse jeito? Acham que somos bobos. Os cristão do Brasil vão todos com Marina no segundo turno", disse o senador Magno Malta, um dos líderes da rebelião contra a iniciativa do Executivo.

    A bancada evangélica continua a apoiar o Pastor Everaldo (PSC), mas promete migrar para a Marina no segundo turno.

    Senadores prometerem fazer vários discursos contra a campanha de Dilma e criticar a "mudança de postura" do Planalto.

    Mesmo favoráveis ao projeto, integrantes da bancada evangélica afirmam que não aceitarão votá-lo agora porque o objetivo principal da manobra era prejudicar a Marina.

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