A senadora Ana Amélia Lemos (PP) mantém a dianteira na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul, segundo pesquisa Datafolha feita em parceria com o grupo RBS.

O levantamento, realizado terça (2) e quarta-feira (3), mostra a candidata com 39% das intenções de voto, contra 31% do atual governador e candidato à reeleição, o petista Tarso Genro.

Em relação à pesquisa anterior, de 12 a 14 de agosto, antes do início do horário eleitoral, a diferença entre os dois principais candidatos ficou estável: Ana Amélia manteve os mesmos 39% e Tarso oscilou de 30% para 31%.

O candidato José Ivo Sartori (PMDB), apoiado pelo PSB de Marina Silva, tinha 7% na pesquisa anterior e agora está com 10%. O quarto é Vieira da Cunha (PDT), com 3%. Os demais não pontuaram.

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Eleitores que declaram voto branco ou nulo somaram 3%, e 14% não souberam ou não quiseram opinar.

O Datafolha também fez uma simulação de segundo turno. Se a eleição fosse hoje, Ana Amélia, ex-radialista do grupo RBS, marcaria 49%, ante 39% de Tarso, ex-ministro do governo Lula.

O governador tem a maior taxa de rejeição: 27% não votariam nele de jeito nenhum. Ana Amélia é rejeitada por 13% dos eleitores, e Sartori tem o menor índice: 8%.

O Datafolha ouviu 1.197 pessoas em 46 cidades. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Longe da liderança, Sartori tem a maior coligação, que reúne oito partidos, mas possui tempo de TV um pouco menor do que o de Tarso, que ocupa a maior fatia no horário eleitoral –mais de 5min.

Ana Amélia tem o apoio de outras três siglas, incluindo o PSDB, e 3min50s de tempo na televisão.

CAMPANHA

Na atual campanha, Tarso tem apostado na vinculação de sua candidatura com a da presidente Dilma Rousseff, que costuma ter popularidade acima da média no Rio Grande do Sul, onde ela fez carreira política.

Na largada do horário eleitoral gratuito, o petista mostrou os efeitos de programas federais no Estado e exibiu um depoimento de Dilma. Também promoveu um comício há duas semanas ao lado dela em Porto Alegre.

Ana Amélia, que apoia Aécio Neves (PSDB) na disputa nacional, usa discretamente a imagem do tucano. Sua campanha tenta explorar falhas em serviços públicos do Estado, como nas áreas de segurança e transporte.

Nos debates já realizados, o tema que dominou as discussões foi a situação financeira do Estado. A candidata do PP afirma que o atual governo perdeu o controle sobre as contas. Ela promete "arrumar a casa" caso seja eleita.

Ainda pouco conhecido no Estado, o peemedebista Sartori, ex-prefeito de Caxias do Sul, tenta se apresentar como um político simples e de resultados. Sua propaganda na TV o chama de "gringo da colônia", como são conhecidos os descendentes de italianos da serra gaúcha.

SENADO

O Datafolha também pesquisou a intenção de voto no Estado na disputa para o Senado. A morte do presidenciável Eduardo Campos mudou o cenário, já que o candidato lançado pelo PSB, Beto Albuquerque, renunciou para assumir a vaga de vice na chapa de Marina Silva.

As intenções de voto, contudo, permaneceram estáveis. O senador Pedro Simon (PMDB), 84, que havia decidido se aposentar e acabou assumindo a vaga de Albuquerque, registrou 15% de intenções de voto, índice próximo aos 12% que Albuquerque tinha em agosto.

Dividem a liderança os candidatos Lasier Martins (PDT) e Olívio Dutra (PT), ambos com 29% cada. Simone Leite (PP) registrou 4% e os demais candidatos, juntos, tiveram 2%. Intenções de votos brancos e nulos somaram 4%, e 17% não souberam ou não quiseram opinar.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com os números RS 00012/2014 e BR 00517/2014.