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    Declaração de Garotinho sobre milícia vira arma de Pezão para 2º turno

    ITALO NOGUEIRA
    DO RIO

    04/09/2014 08h35

    A equipe de campanha do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato à reeleição, pretende usar uma declaração dada pelo deputado Anthony Garotinho (PR) sobre milícias no debate realizado na terça-feira (2) pela Rede TV! e o portal iG. Ele sugeriu que esses grupos criminosos seriam menos danosos à sociedade que deputados corruptos.

    A avaliação é que a fala pode ser usada para vincular o candidato do PR aos grupos criminosos, como tentou fazer Pezão durante o debate. A arma, contudo, só será usada no segundo turno, em caso de confronto direto.

    A declaração de Garotinho ocorreu após questionamento do jornalista Tales Faria, do portal iG, sobre a proposta do candidato de liberar as vans. A cobrança de taxas sobre o transporte alternativo é uma das fontes de renda de milícias.

    "Tem miliciano que dirige van? Pode ter. Mas quem é mais nocivo à sociedade? Um miliciano que dirige van ou um deputado que tem conta na Suíça e até pouco tempo era secretário da Prefeitura do Rio, do PMDB?", questionou o candidato do PR, referindo-se ao deputado Rodrigo Bethlem (PMDB).

    Durante o debate, Pezão afirmou que "a ligação da milícia com o ex-governador foi notória". Os dois trocaram acusações sobre o tema no debate.

    Reportagem publicada pela Folha na segunda-feira (1°) mostrou que houve aumento na atuação desses grupos criminosos desde 2004. Segunda dados da Secretaria de Segurança, há dez anos apenas seis regiões da capital tinham a atuação de miliciano. Esse número subiu para 148. O governo afirma não ser conivente com as quadrilhas e diz ter prendido mais 600 milicianos desde 2007.

    A campanha de Pezão só deve usar os ataques no segundo turno. Neste primeiro momento, o objetivo é assegurar a vaga na disputa defendendo as bandeiras da gestão peemedebista a frente do Estado. Apenas após 5 de outubro a estratégia principal será de comparação com as administrações anteriores, de Garotinho e sua mulher, Rosinha Matheus. A fala pode ser usada em momento de disputa acirrada.

    Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (4), Pezão está em empate técnico com Garotinho no primeiro turno, mas ainda disputa a vaga no segundo turno com o senador Marcelo Crivella (PRB). Na simulação do cenário de disputa entre os candidatos do PMDB e do PR, o governador seria seria eleito com 45% dos votos, contra 36% de Garotinho.

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