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    Aécio vai a MG, pede 'serenidade' e convoca tucanos para a 'virada'

    PAULO PEIXOTO
    DE BELO HORIZONTE

    04/09/2014 18h55

    Em busca de apoio na reta final da campanha à Presidência, o tucano Aécio Neves fez campanha nesta quinta-feira (4) em Minas Gerais, Estado que governou de 2003 a 2010. Em fala aos militantes, pediu "serenidade" e falou na "grande virada".

    Líderes tucanos presentes a um evento com militantes reforçaram o discurso contra a desmobilização. "Não temos o direito de descansar" e "A hora é agora" foram alguns dos pedidos aos cabos eleitorais presentes.

    A visita do presidenciável do PSDB a Belo Horizonte tem também como pano de fundo a disputa ao governo do Estado, na qual o seu candidato, Pimenta da Veiga, segue atrás do petista Fernando Pimentel, com apoio de Dilma e Lula.

    Aos militantes Aécio pediu para terem "serenidade" e "trabalharem" por eles na campanha.

    No discurso, falou ainda em "convocação com o coração cheio de emoção e inundado de esperança" e disse que o evento com os militantes era "a grande virada, de Minas para o Brasil".

    Aécio perdeu o segundo lugar na disputa presidencial com a entrada de Marina Silva (PSB) e ficaria fora do segundo turno, de acordo com as últimas pesquisas. Segundo o Datafolha desta semana, o tucano tem 14%, contra 35% de Dilma Rousseff (PT) e 34% de Marina Silva (PSB).

    Em Minas, onde o PSDB e seus aliados governam há quase 12 anos, em um mês Pimenta conseguiu reduzir de 13 para 8 pontos a diferença para o petista Pimentel. No cenário de segundo turno, porém, o PSDB perderia.

    A indicação de Pimenta como candidato foi uma escolha pessoal de Aécio, a contragosto de grupos tucanos e aliados.

    Por isso, uma eventual derrota em Minas representaria o enfraquecimento político de Aécio em sua própria base.

    PLANALTO E MINAS

    O evento desta quinta foi o recomeço das articulações políticas nas campanhas de Aécio e Pimenta em Minas.

    Estavam presentes 422 prefeitos, 223 ex-prefeitos e cerca de 300 vices e ex-vice prefeitos. Havia também deputados e apoiadores em um lotado salão de um clube de BH.

    "Vamos multiplicar a nossa presença em Minas, e Minas vai dar a vitória a Aécio e a Pimenta, pela boa política e pelo futuro de nossos filhos. Conto com vocês. Começou a grande virada de Minas para o Brasil", discursou Aécio.

    O apelo pelo "futuro dos filhos" também foi usado como argumento no discurso de Pimenta. "A nossa responsabilidade é muito grande. A partir de agora, não temos o direito de descansar", afirmou o candidato.

    Cada orador que passou pelo microfone tentou um argumento. O governador Alberto Pinto Coelho (PP) invocou até o cantor e compositor Geraldo Vandré. "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. A hora é agora", disse ele.

    O presidente da Associação Mineira de Municípios e prefeito de Barbacena, Toninho Andrada, apelou para Tancredo Neves, avô de Aécio. "Não vamos nos dispersar", repetiu.

    Além da intensificação da campanha nas articulações políticas, o PSDB e Pimenta passam a ser mais críticos em relação ao petista Pimentel. O programa eleitoral de Pimenta pode deixar de ser menos "água de batata", expressão cunhada por um deputado tucano.

    Faz parte dessa mudança na área de comunicação a presença mais constante de Andréa Neves, irmã de Aécio, na campanha em Minas e também a ajuda, como uma espécie de supervisor, do publicitário e marqueteiro Paulo Vasconcelos, que cuida da campanha nacional de Aécio.

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