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    Aposta do PT, Andrés Sanchez diz que partido precisa consertar muita coisa

    MÁRCIO FALCÃO
    DE SÃO PAULO

    04/09/2014 23h18

    Principal aposta do PT paulista para a Câmara dos Deputados, o candidato Andrés Sanchez disparou na noite desta quinta-feira (4) críticas internas ao defender que é preciso "consertar muita coisa no partido".

    Ao lançar um comitê de campanha ao lado do candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Alexandre Padilha, o ex-presidente Corinthians afirmou que os governo Lula e Dilma Rousseff "fizeram muitas coisas boas, mas também erraram.

    "Fui militante [do PT] há muitos anos atrás, fiquei 20 anos fora, voltei agora e acho que temos que consertar muitas coisas no nosso partido. O governo Lula e o governo Dilma fizeram muitas coisas boas, mas também erraram. Nós temos que aportar os erros e mostrar os erros", afirmou.

    Eduardo Knapp - 20.fev.2013/Folhapress
    O ex-presidente corintiano Andres Sanchez
    O ex-presidente corintiano Andres Sanchez

    Ele afirmou que a autocrítica petista é um diferencial.

    "A grande vantagem é que o PT tem é isso : colocar o dedo na cara e dizer nossos erros. [O eleitor] vai ser um cidadão que independente da eleição vai cobrar e já está cobrando muito", disse.

    Sanchez disse que não vai prometer "porra nenhuma" na campanha porque o eleitor está cansado de promessa".

    "Vou ser sincero como sempre fui, as vezes pago um preço caro por isso, mas não vou prometer porra nenhuma para ninguém. Todo mundo está de saco cheio de promessa. Não tenho medo de debate, de confusão", disse.

    No evento, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), candidato à reeleição, cometeu uma gafe ao chamar o estádio do Corinthians de Itaquerão. Sanchez defende o nome de Arena Corinthians. Suplicy é santista.

    Padilha defendeu a eleição do correligionário por ele não ser um político tradicional.

    Ex-presidente do Corinthians, Sanchez é a aposta do PT para fortalecer o partido na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados. A expectativa na legenda é de que ele conquiste até 600 mil votos, o que poderia arrastar para o Congresso até três aliados da coligação.

    Petistas admitem que o ex-dirigente se tornou peça-chave da eleição paulista depois que grandes puxadores de voto do partido, os ex-deputados José Genoino e João Paulo Cunha foram condenados e presos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento do mensalão.

    Sanchez decidiu estrear em corridas eleitorais após pressão do ex-presidente Lula, de quem é amigo pessoal. Lula sempre enxergou em Sanchez um potencial de votos devido a sua passagem vitoriosa pelo clube entre 2007 e 2011, além de ter ocupado o cargo de diretor de seleções da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

    Entre as propostas do candidato, estão o fim da reeleição e o voto facultativo, além de defender uma mudança na da legislação trabalhista para atletas com remuneração superior a R$ 70 mil.

    De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Andres recebeu, por enquanto, apenas R$ 69,3 mil em doações para sua campanha. Ele declarou ainda ter gasto R$371 mil.

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