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    De Rolls-Royce presidencial, Dilma chega para desfile de 7 de Setembro

    MARIANA HAUBERT
    SOFIA FERNANDES
    MATHEUS LEITÃO
    SEVERINO MOTTA
    DE BRASÍLIA

    07/09/2014 10h32

    A presidente Dilma Rousseff participa neste domingo (7) da comemoração pelos 192 anos da Proclamação da Independência do país no desfile cívico-militar de 7 de Setembro, em Brasília.

    Dilma chegou sozinha ao evento em carro aberto, o Rolls-Royce presidencial, e foi recebida pelo ministro Celso Amorim (Defesa) e pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). No palanque das autoridades, a presidente assiste ao desfile acompanha pelo vice-presidente Michel Temer, por pelo menos 20 ministros e autoridades civis e militares.

    Quando o nome de Dilma foi anunciado, parte da plateia vaiou a presidente mas a maioria a aplaudiu. O Hino Nacional, no entanto, foi o mais aplaudido. A presidente deu a ordem para o início do desfile ao Comandante Militar do Planalto, general Racine Bezerra.

    Denunciados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiários de propina em esquema da estatal, segundo reportagem da revista "Veja", o presidente do Congresso e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o ministro das Minas e Energias Edison Lobão (PMDB-MA) não compareceram ao evento.

    A reportagem não traz detalhes, documentos nem valores sobre o esquema. Os três rechaçam as acusações e alegam que as citações são mentirosas.

    O ministro Guido Mantega (Fazenda) está em Brasília mas não compareceu ao desfile. Na quinta-feira (4), Dilma afirmou que fará uma troca no comando da pasta em um eventual segundo mandato. O caso criou uma saia-justa ao governo.

    Nos locais de acesso às arquibancadas, há cabos eleitorais entregando santinhos de candidatos a deputado distrital e federal e, ao longo da Esplanada, pessoas caminham com bandeiras da campanha petista à Presidência.

    CUSTO

    Esta é a edição mais cara da festa cívica desde que Dilma assumiu a presidência, em 2011. O governo desembolsou quase R$ 1,2 milhão. O montante é quase 45% maior do que o que foi gasto para o evento do ano passado, que custou R$ 829 mil.

    No seu primeiro ano de governo, foram gastos R$ 900 mil para realizar o evento e em 2012, R$ 800 mil. O valor deste ano, no entanto, se aproxima ao do último ano de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2010, foi gasto R$ 1 milhão para o desfile.

    O desfile foi feito por grupamentos militares e demonstrações de outros 20 órgãos públicos. Foram montadas arquibancadas para cerca de 22 mil pessoas mas a expectativa é que 30 mil pessoas passem pela Esplanada na manhã de hoje.

    Em campanha eleitoral, Dilma não fez um pronunciamento oficial em cadeia de rádio e TV mas fez menção ao evento em seu último programa eleitoral. Após o desfile, ela se reunirá com representantes da juventude no Palácio da Alvorada para debater a reforma política.

    Dilma deverá propor plebiscito popular para a reforma política, organizado por setores da sociedade civil e partidos políticos. De acordo com os organizadores, o plebiscito irá verificar se a população deseja a convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva para realizar a reforma política.

    Estarão presentes jovens de diversos grupos, tais como estudantes, representantes da JPT (Juventude do PT), da UJS (União da Juventude Socialista), dos movimentos de mulheres,, de cultura, do funk, do hip hop, juventude negra e vários outros segmentos.

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