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    Seringal onde Marina nasceu passou por transformações

    PATRÍCIA BRITTO
    ENVIADA ESPECIAL AO SERINGAL BAGAÇO (AC)
    FÁBIO PONTES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO SERINGAL BAGAÇO (AC)

    07/09/2014 11h49

    O trajeto de carro do centro de Rio Branco até a vila de moradores do seringal Bagaço, na zona rural da capital, dura cerca de uma hora e inclui estradas de asfalto e de terra antes de chegar ao rio Acre, que hoje pode ser atravessado com canoas motorizadas.

    Na época em que a presidenciável do PSB, Marina Silva, viveu no local, até a década de 1970, o caminho era feito de barco a remo, da cidade ao seringal, e eram necessárias pelo menos seis horas para concluir o percurso.

    Além da mudança nos meios de acesso, o Bagaço passou por uma série de outras transformações que o deixaram pouco parecido com as terras originais, segundo os moradores.

    Em extensão, o seringal foi reduzido a cerca de metade do que já foi. Com a decadência do comércio da borracha, muitas terras foram compradas por fazendeiros e transformadas em pastos para criação de gado.

    Decreto de 1993 que declara o Bagaço como área de interesse social para fins de reforma agrária mostra que a terra tinha 1.356 hectares. Atualmente, são cerca de 700 hectares, segundo a moradora Maria do Carmo de Oliveira Araújo, 50.

    Mas outras mudanças, diz a moradora, foram para melhor. "Não existia essa estrada, não tinha luz, não tinha escola. Agora tem. E hoje a gente não toma mais água do rio: ou é do poço ou é da fonte."

    Ela preside a associação dos moradores do Bagaço, criada em 2006 para unir as reivindicações por melhorias de infraestrutura no seringal. Desde então, já chegou energia elétrica e até sinal de celular.

    Segundo Maria do Carmo, 34 famílias vivem atualmente na área. Dessas, somente seis ainda trabalham com extração de látex. "Antes, todo mundo era seringueiro e colhia castanha, mas agora não compensa."

    Atualmente, a maioria das famílias se sustenta com a venda de produtos da agricultura familiar.

    Apesar das mudanças, moradores ainda esperam outras melhorias. O hospital mais próximo, por exemplo, fica na zona urbana de Rio Branco, a cerca de 40 km. E a estrada de barro, quando chove, fica intransitável.

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