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    Rio de Janeiro

    Aécio diz que 'era impossível Dilma não saber' sobre propina na Petrobras

    MARCO ANTÔNIO MARTINS
    DO RIO

    07/09/2014 15h03

    O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, cobrou uma manifestação mais contundente da presidente Dilma Rousseff sobre a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que denunciou um esquema de propinas envolvendo políticos do PT e da base do governo na Câmara e no Senado em obras da Petrobras. Aécio voltou a chamar o episódio de "mensalão dois".

    "Não dá para a presidente Dilma dizer que não sabia o que vinha acontecendo. A marca mais perversa do governo do PT é o aparelhamento do Estado. Eles têm um plano para se perpetuar no poder, causando situações como esta da Petrobras. Os cargos de direção precisam ser ocupados por pessoas sem ligação com partidos políticos e não por pessoas que negociem, troquem favores", afirmou o candidato tucano após visitar neste domingo (7), a igreja evangélica Ministério Flor de Lis, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.

    Editoria de Arte/Folhapress

    De acordo com reportagem publicada pela revista "Veja", Costa cita como beneficiários de propina em esquema na Petrobras o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), e os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Alves (PMDB-RN), respectivamente. Estariam envolvidos também políticos do PT e do PP, segundo Costa.

    A reportagem não traz detalhes, documentos nem valores sobre o esquema. Os três rechaçam as acusações e alegam que as citações são mentirosas. Os nomes, segundo a revista, surgiram no acordo de delação premiada que Costa fez com procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, deflagrada em março com a prisão do doleiro Alberto Youssef, acusado de liderar o esquema de lavagem que movimentou R$ 10 bilhões.

    FLOR DE LIS

    Durante pouco mais de uma hora na igreja evangélica, o tucano ouviu relatos de pastores, que se disseram ex-traficantes do Comando Vermelho, facção criminosa que está em alguns morros do Rio. Ele ainda recebeu declaração de apoio à sua campanha pelos dirigentes da igreja, os pastores Flor de Lis e Anderson do Carmo, além de se comprometer com os cerca de 300 fiéis presentes em ser contrário à legalização do aborto e à descriminalização das drogas.

    "Reafirmo meu compromisso, as minhas crenças com estes temas. Nesta luta contra o tráfico, a ideia é colocar em prática um programa de assistência aos jovens de ensino médio entre 15 e 18 anos. O Poupança Jovem deposita um valor na conta desse aluno que ao fim do período retira o valor depositado desde que tenha 80% na frequência das aulas e não tenha qualquer envolvimento com o crime", disse o candidato.

    Observado pela mãe, Inês; e por Gabriela, sua filha mais velha, Aécio encerrou a apresentação sobre o seu programa na área de prevenção às drogas cantando a música evangélica "Volta por Cima" de mãos dadas com a pastora Flor de Lis.

    Ao descer do palco, brincou com o crescimento da candidata Marina Silva (PSB) nas pesquisas, o que o coloca em terceiro na disputa presidencial e fora de um eventual segundo turno da eleição: "Ainda bem que faltam quatro semanas para a eleição".

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