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    Se vencer, Dilma terá de agradecer a Sarney, Renan e Collor, diz Marina

    PAULO PEIXOTO
    DE BELO HORIZONTE

    09/09/2014 13h48

    A candidata do PSB ao Planalto, Marina Silva, adotou nesta terça-feira (9) o discurso de ataques às "velhas raposas" feito pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos para atingir a presidente Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição.

    Em um ato público em Belo Horizonte, sobre um ônibus de som, ela citou os senadores José Sarney (PMDB-AP), Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Renan Calheiros (PMDB-AL), além do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), como os aliados de Dilma na campanha.

    "Se a Dilma ganhar, ela vai agradecer ao Sarney, ao Renan ao Collor e ao Maluf. Se eu ganhar, eu só tenho um a agradecer: ao povo brasileiro. É com isso que eles não se conformam", disse Marina.

    A ex-senadora, que assumiu a campanha presidencial do PSB após a morte de Campos, também inclui nas suas críticas o senador Aécio Neves, candidato mineiro do PSDB na disputa pela sucessão de Dilma. "Se o Aécio ganhar, ele acha que ganhou porque tem tempo de televisão, tem muito dinheiro, tem muitas estruturas."

    Ricardo Stuckert - 16.mai.2012/Instituto Lula
    Collor, Sarney, Lula, Dilma e FHC em Brasília, durante posse da Comissão da Verdade, em 2012
    Collor, Sarney, Lula, Dilma e FHC em Brasília, durante posse da Comissão da Verdade, em 2012

    No evento na terra do tucano, Marina fazia uma pregação contra as "mentiras", segundo a ex-senadora, que a campanha de Dilma vem divulgando contra ela para ganhar "a qualquer custo".

    "Ganhando, você sabe que transgrediu nos princípios, que mentiu, que [se] juntou com quem não devia se juntar, com Sarney, com Collor, com Renan, com Jader Barbalho (PMDB-PA), Maluf", disse, referindo-se aos petistas.

    Ao mesmo tempo que fez essas declarações, disse que Aécio e Dilma podem ficar tranquilos, pois não vai fazer nenhum tipo de "ataque pessoal, calunioso". "Eu prefiro sofrer uma injustiça a praticar uma injustiça. Não vamos ganhar a qualquer custo, a qualquer preço", disse.

    PETROBRAS

    Marina citou também as denúncias de corrupção na Petrobras, embora sem entrar na questão da delação feita pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, que informou à Polícia Federal o pagamento de propinas a aliados do governo –incluindo o próprio Campos.

    Ela fez a referência após falar dos 11 minutos do tempo de TV da candidata petista, que, segundo ela, é uma "ilha da fantasia".

    "A Dilma tem 11 minutos na TV em troca de cargos para destruir a Petrobras, como acontece agora com a corrupção", disse.

    A candidata do PSB pediu ajuda aos seus apoiadores e eleitores para ajudá-la a desfazer os "boatos" que espalham contra ela.

    Antes de se lançar candidato da oposição, Campos fez parte do governo Lula como ministro e manteve o apoio formal aos petistas até este ano.

    Em frente ao local do ônibus da candidata, havia uma fila de distribuição de ingressos do Natura Musical, promovido pela empresa que a apoia. Algumas das pessoas na fila vaiaram a candidata. Isso, porém, não interferiu no ato público realizado na praça.

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